Após baixa procura, campanha de vacinação contra poliomielite é prorrogada

Após baixa procura, campanha de vacinação contra poliomielite é prorrogada

Em Porto Alegre, pouco mais de 35% do público alvo foi imunizado

Correio do Povo / Rádio Guaíba

Campanha teve início no dia 5 para imunizar crianças de 12 meses a menores de cinco anos com uma dose extra das gotinhas

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Pais e responsáveis terão prazo maior para procurar as unidades de saúde na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação, prorrogada até 21 de novembro, em todo o país. O prazo inicial vencia hoje. A procura abaixo do esperado explica a medida. O Rio Grande do Sul registrou, até o início da tarde de hoje, cobertura de 54,1% do público-alvo. A meta é chegar a 95%.

No dia 21, também ocorreu um segundo Dia D de mobilização, um sábado em que os postos de saúde e as casas de vacina ficarão excepcionalmente abertos para estimular e facilitar às famílias o acesso à imunização contra a pólio.

A campanha teve início no dia 5 para imunizar crianças de 12 meses a menores de cinco anos com uma dose extra das gotinhas e atualizar a caderneta de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade.

Em Porto Alegre, foram aplicadas 23.218 doses contra a pólio até essa quinta-feira, de acordo com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), uma cobertura de 35,70%. A meta é vacinar 61.784 crianças contra a poliomielite, 95% do total de 65.036 crianças de 12 meses a menores de 5 anos na Capital.

Com relação à atualização da caderneta, foram aplicadas 49.159 doses das demais vacinas, conforme dados do E-SUS. Com a multivacinação, a ideia é garantir a proteção contra diversas doenças imunopreveníveis e melhorar as coberturas vacinais, sem uma meta específica.

Em âmbito estadual, apenas 98 municípios gaúchos (20% do total) atingiram a meta, o que é muito pouco, de acordo com a chefe da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri. “É fundamental buscarmos coberturas vacinais homogêneas para todas as faixas etárias”, explica. “Lembramos, mais uma vez, que seguem circulando no estado doenças que podem levar a graves sequelas ou mesmo levar a óbito e que podem facilmente ser prevenidas por meio da vacina, como o tétano, o sarampo e a febre amarela”, completa Tani.

Pesquisa

Pesquisa promovida pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) no ano passado mostrou que as principais causas das baixas coberturas vacinais no Rio Grande do Sul envolvem descaso e desinformação.

No levantamento, 59% das pessoas apontaram motivos pessoais para a não vacinação dos filhos, como esquecimento, medo de efeitos colaterais e falta de tempo. Mesmo que por algum motivo não tenham vacinado as crianças, mais de 96% disseram acreditar na imunização e a considerar importante. Apenas 4% responderam não acreditar na eficácia das doses.


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