Após crítica do Cremers, governo envia três viaturas do Samu para o Litoral Norte

Após crítica do Cremers, governo envia três viaturas do Samu para o Litoral Norte

Na semana passada, relatório da entidade médica constatou deficiência no transporte de pacientes

Estevão Pires / Rádio Guaíba

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Repercutiu no Governo Estadual um relatório elaborado pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) a partir de visitas em instituições, que identificou deficiências no atendimento a pacientes no litoral Norte do Estado. Em reunião com médicos realizada nesta segunda-feira, o secretário de saúde Ciro Simoni garantiu que vai adotar três medidas ainda neste veraneio para minimizar os problemas. A principal deve ser o envio, nos próximos dias, de três novas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para rodovias estaduais da região.

Conforme o Cremers, os veículos vão operar junto a postos dos Comandos Rodoviários da Brigada Militar em Xangri-lá, Torres e Tramandaí. No mês passado, ações de fiscalização da entidade indicaram que a Operação Gaivota, responsável pelo atendimento de saúde terceirizado nas estradas, foi desativada há dois anos pelo Estado, segundo o Conselho, devido à política de contenção de gastos adotada por Yeda Crusius. A situação obrigou o Comando Rodoviário da BM a usar as escassas ambulâncias das prefeituras, deixando os municípios desassistidos.

“Ele se propõe a fazer o mais rápido possível, e acredito que, se houver agilidade, o problema da demora nas remoções de pacientes deve ser resolvido”, afirmou o presidente do Cremers, Fernando Mattos, que considerou a reunião com o novo titular da pasta como positiva.

A segunda providência anunciada por Simoni é a flexibilização de relatórios do Samu, respondidos por policiais rodoviários cada vez que o serviço é acionado. No relatório do Conselho, a burocracia imposta nos atendimentos em casos de acidentes também foi alvo de críticas.

A Secretaria de Saúde ainda definiu que, nos próximos dias, serão adotadas políticas de integração entre as centrais de regulação de leitos do Estado e da Prefeitura de Porto Alegre. Simoni pretende se encontrar com o titular da pasta  em Porto Alegre, Carlos Casartelli. Para o Cremers, o diálogo entre os dois órgãos, hoje, é ineficiente, o que torna ainda mais demorada a remoção de pacientes. O relatório apontou que a espera de pacientes do litoral Norte por um leito pode levar até cinco dias.

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