Após incêndio em subestação, Trensurb volta a usar sistema “carrossel”

Após incêndio em subestação, Trensurb volta a usar sistema “carrossel”

Danos na rede de energia impedem que a empresa use trens acoplados, com o dobro da oferta de lugares

Ananda Müller / Rádio Guaíba

Danos ausados afetaram a capacidade energética da linha, o que impede a circulação dos trens acoplados

publicidade

A Trensurb voltou a utilizar o sistema de “carrossel” nos trens entre as estações Sapucaia, Mathias Velho e Mercado após incêndio causado em subestação elétrica de Sapucaia, na última sexta-feira. Conforme a empresa, os danos causados afetaram a capacidade energética da linha, o que impede a circulação dos trens acoplados, com oito vagões. A medida foi tomada porque, sem a possibilidade de inclusão de mais carros no trecho, a capacidade de transporte é reduzida pela metade.

Os trens acoplados “unem” dois carros simples de quatro vagões. Nesses casos, um trem acoplado sai da estação Mercado, por exemplo, com o dobro do espaço para levar os passageiros até o final da linha, em Novo Hamburgo. Sem a circulação das composições maiores no trecho, recuperou-se a opção antiga, de colocar em circulação mais carros entre as estações de maior fluxo de passageiros, o chamado “carrossel”.

Desse modo, além dos 135 carros que saem diariamente de Novo Hamburgo em direção ao Mercado e dos 136 que fazem o trajeto oposto, serão introduzidos carros extras a partir das estações Sapucaia e Mathias Velho. As estações são escolhidas a partir da demanda de passageiros, ou seja, os carros a mais só fazem o trajeto entre esses pontos de embarque. Conforme a Trensurb, não há necessidade de reforço nos demais trechos da linha, em direção ao Vale do Sinos, já que 60% do fluxo nos horários de pico é concentrado entre Porto Alegre e Sapucaia.

Além disso, a Trensurb segue aguardando o resultado dos laudos e das perícias que apontarão as causas do incêndio na subestação. Sindicâncias internas também foram abertas sobre a questão e, em paralelo, sobre a morte de um trabalhador durante o fato, que supostamente foi vítima de acidente de trabalho. Ele morreu eletrocutado ao encostar em uma grade energizada.

A Trensurb não soube informar quantos carros extras substituem os trens acoplados, mas garantiu que eles estarão presentes na linha durante o período do dia em que os intervalos caem para 3, 4 e 5 minutos – os chamados horários de pico. Também não há prazo para a normalização da linha e a finalização dos consertos na subestação.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895