Após incêndio em subestação, Trensurb volta a usar sistema “carrossel”
Danos na rede de energia impedem que a empresa use trens acoplados, com o dobro da oferta de lugares
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Os trens acoplados “unem” dois carros simples de quatro vagões. Nesses casos, um trem acoplado sai da estação Mercado, por exemplo, com o dobro do espaço para levar os passageiros até o final da linha, em Novo Hamburgo. Sem a circulação das composições maiores no trecho, recuperou-se a opção antiga, de colocar em circulação mais carros entre as estações de maior fluxo de passageiros, o chamado “carrossel”.
Desse modo, além dos 135 carros que saem diariamente de Novo Hamburgo em direção ao Mercado e dos 136 que fazem o trajeto oposto, serão introduzidos carros extras a partir das estações Sapucaia e Mathias Velho. As estações são escolhidas a partir da demanda de passageiros, ou seja, os carros a mais só fazem o trajeto entre esses pontos de embarque. Conforme a Trensurb, não há necessidade de reforço nos demais trechos da linha, em direção ao Vale do Sinos, já que 60% do fluxo nos horários de pico é concentrado entre Porto Alegre e Sapucaia.
Além disso, a Trensurb segue aguardando o resultado dos laudos e das perícias que apontarão as causas do incêndio na subestação. Sindicâncias internas também foram abertas sobre a questão e, em paralelo, sobre a morte de um trabalhador durante o fato, que supostamente foi vítima de acidente de trabalho. Ele morreu eletrocutado ao encostar em uma grade energizada.
A Trensurb não soube informar quantos carros extras substituem os trens acoplados, mas garantiu que eles estarão presentes na linha durante o período do dia em que os intervalos caem para 3, 4 e 5 minutos – os chamados horários de pico. Também não há prazo para a normalização da linha e a finalização dos consertos na subestação.