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Especial

Após mortes, ciclistas protestam em Porto Alegre

Grupo pediu maior segurança no trânsito depois de atropelamento de duas jovens

Ciclistas realizam protesto pacífico na Capital | Foto: Fabiano Amaral
Após o atropelamento de duas ciclistas por ônibus na quinta-feira, centenas promoveram um protesto pacífico na noite desta sexta na região central de Porto Alegre. Eles se reuniram desde o fim da tarde na Praça Garibaldi, esquina da Erico Verissimo com a Venâncio Aires, e pediram mais segurança no trânsito da Capital. A concentração foi organizada pela internet.

O movimento provocou o bloqueio de diversas vias centrais da cidade nesta noite. Por volta das 19h30min, o fluxo de veículos na Erico, entre Ipiranga e Venâncio Aires, ficou completamente fechado para os ciclistas. Muitos também acompanharam o grupo a pé por alguns trechos, enquanto palavras de ordem contra a violência no trânsito eram proferidas. Posteriormente, eles se dirigiram à sede da EPTC.

O protesto também causou bloqueios na Aureliano de Figueiredo Pinto e Getúlio Vargas. Em alguns momentos, os manifestantes pararam e fizeram atos de apoio às famílias das vítimas. O ato terminou por volta das 22h em frente ao Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa. Conforme a EPTC, nesse horário, todas as vias fechadas já estavam liberadas.

Ainda na quinta, um grupo menor havia feito uma vigília para homenagear uma das vítimas. Uma ciclista de 19 e outra de 21 anos foram mortas. Uma delas foi atingida na própria Érico Veríssimo e a outra no cruzamento das ruas Martim Félix Berta com 6 de Novembro.

Ciclistas querem rigor na apuração

Na análise do advogado Francisco Antônio Paim, representante do movimento Massa Crítica, que reúne adeptos do ciclismo como meio de transporte e estilo de vida, é necessária uma perícia criteriosa sobre os tacógrafos dos ônibus envolvidos nos dois acidentes que mataram as ciclistas na quinta-feira. Ele também pediu mais consciência dos condutores de todos os tipos de veículos e olhar mais apurado de toda a sociedade sobre o modelo de gestão pública para o trânsito.

Embora aparentemente tardia, diante a trágica perda de duas vidas em circunstâncias semelhantes, a reflexão deverá ser inevitável, garante o criminalista. Antônio Paim acredita que além da rígida apuração sobre a eventual responsabilidade dos motoristas, a sociedade deverá fazer cobranças da Administração pública sobre seu plano de gestão, em especial, da mobilidade cicloviária. “Não adianta pintar no chão faixas para bicicletas, sem a devida educação dos condutores de todas as modalidades sobre as leis e as práticas de boa convivência. Sem ampla educação, pintura no chão é apenas maquiagem de atuação pública, para prestar satisfação a eleitores”, provocou.

“Nutrimos a expectativa de que testemunhas do fato fiquem sensibilizadas e se apresentem à Polícia para ajudar a elucidar estas dúvidas”, concluiu o advogado.









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