Após protesto, servidores de Porto Alegre acompanham votação de projetos polêmicos na Câmara

Após protesto, servidores de Porto Alegre acompanham votação de projetos polêmicos na Câmara

Vereadores apreciar a proposta de mudança na previdência complementar nesta quarta-feira

Henrique Massaro

Servidores de Porto Alegre acompanham votação de projetos polêmicos na Câmara

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No segundo dia de greve, os servidores municipais de Porto Alegre saíram em uma nova caminhada pelas ruas da cidade na manhã desta quarta-feira. Desta vez, o destino da categoria foi a Câmara de Vereadores, com o objetivo de solicitar aos representantes do Legislativo uma articulação para que os trabalhadores consigam uma reunião com a prefeitura. Na sede do Parlamento porto-alegrense, os municipários também irão acompanhar a retomada das votações de projetos como o da previdência complementar e do IPTU em sessão marcada para as 14h.

No início da manhã, uma concentração chamada pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) começou em frente ao Posto de Saúde Modelo. Marcada para as 9h, a mobilização era nitidamente mais tímida do que a da segunda-feira. Se no primeiro dia de greve, centenas de pessoas se reuniram em frente a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para partir em caminhada, hoje apenas algumas dezenas de pessoas podiam ser vistas no ponto de encontro. Dali, seguiram pela avenida João Pessoa, passaram pela Venâncio Aires, Lima e Silva e Perimetral até chegarem ao Legislativo.

Ao chegarem na Câmara, enquanto grupos aguardavam do lado de fora, representantes do Simpa ingressaram no local para acompanhar a reunião de líderes, para quem entregaram um documento solicitando a intermediação da reunião com o governo. O encontro, que tem por objetivo tratar da data-base e de questões como o parcelamento e a reposição salarial, tem sido solicitado pela categoria mas ainda não foi atendido pelo Executivo. Os servidores citam, inclusive, que recentemente tiveram uma reunião marcada com o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo de Tarso, e em seguida cancelada pelo prefeito. “Ontem a gente foi com os outros sindicatos na frente da prefeitura tentar exigir uma abertura de um diálogo para ver a questão das pautas. Ele fechou as portas”, comentou o diretor de comunicação do Simpa, Ivan Martins.

Sobre a saída ontem do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) da greve, o diretor explicou que trata-se de uma entidade de direito privado e que tem uma negociação à parte com o governo. “A ideia da unificação era justamente forçar a negociação, tanto para eles como para nós. Mas eles decidiram na assembleia e têm, obviamente, essa autonomia. Vemos com tranquilidade. Essa é a luta deles e a gente dá todo o apoio. Só que na decisão não há nenhuma previsão de reposição salarial. O governo jogou para outubro essa decisão”, disse.

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