Apesar da greve, Procergs garante operar normalmente
Cerca de 15% do quadro de 1,2 mil trabalhadores aderiu à paralisação
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Luiz Sá admite que o público não vai sentir os efeitos da paralisação se ela for rápída e se houver acordo no curto prazo. Caso se estenda a greve, porém, ele adverte que os sistemas nas secretarias e autarquias terão prejuízo, com impacto sobre a folha de pagamento, a emissão de carteiras de motorista e os serviços públicos de saúde, por exemplo.
O impasse gira em torno de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho que propõe a substituição do indexador econômico INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para reajustes dos salários e dos benefícios da categoria. Diante do entendimento, os funcionários pedem aumento de 13% nos principais benefícios, como ticket-alimentação e vale-rancho.
O governo sustenta a necessidade de respeitar a legislação eleitoral que não permite qualquer aumento maior do que a inflação acumulada, podendo caracterizar uso abusivo da máquina pública em benefício ao governador, que concorre à reeleição.
Os sindicalistas dizem, porém, que a decisão do TRT garante que a alteração do INPC pelo IPCA não oferece risco com relação à Lei Eleitoral. Uma reunião de mediação está marcada para esta quarta-feira, às 15h, no Tribunal Regional do Trabalho.