Apesar do mau tempo, cemitérios registram grande movimento em Porto Alegre
Atividades e atos ecumênicos marcaram Dia de Finados
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No João XXIII, a proposta também era escrever um bilhete e colocar em uma imagem de árvore. Circulando entre os corredores do cemitério, muitos faziam orações e deixavam flores nos túmulos dos entes queridos. A aposentada Irma Franco, 71 anos, manteve a tradição que cultua há anos, ir ao local para rezar pelos que já foram. “Eu acho que é bom lembrar o que eles já fizeram por nós”, destacou.
A tradicional chuva de pétalas largada de um helicóptero emocionou a multidão que estava no gramado do Cemitério Jardim da Paz ontem. A nutricionista Ilda Ramos, 71 anos, costuma frequentar o local, mas nunca havia presenciado o espetáculo. “É muito bonito”, declarou. Também admirada com as flores que caíam do céu, Maria Gomes, 84 anos, disse que é tradição ir ao cemitério no Dia das Mães e no Dia de Finados. “Algum dia do ano a gente tem que dedicar a eles”, disse.
Na instituição, os visitantes puderam doar cabelo para a ONG Cabelaço que fez cortes gratuitos durante todo o dia. Uma das que colaborou foi a estudante Eduarda Marques, 12. Só durante a manhã, foram dez. “Entregamos as mechas para uma empresa que faz perucas voluntariamente e depois doamos para pessoas com câncer”, disse uma das administradoras do projeto, Paula Luttjohann Rodrigues.
O programa Galera da Medula também esteve no Jardim da Paz fazendo o cadastro para doação de medula óssea. Um dos coordenadores, Sérgio Santos, ressaltou que, até o meio-dia, 65 pessoas haviam preenchido o material. Elas foram orientadas a procurar o Hospital de Clínicas para coletar amostra de sangue, que ficará em um banco de dados.