Argentinos e uruguaios buscam hospitalidade gaúcha no Litoral Norte

Argentinos e uruguaios buscam hospitalidade gaúcha no Litoral Norte

Praias do Rio Grande do Sul são atrativas para os "hermanos"

Carmelito Bifano

Argentinos e uruguaios buscam hospitalidade gaúcha no Litoral Norte

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Os argentinos e uruguaios mais uma vez marcam presença no litoral do Rio Grande do Sul em busca de tempo firme, temperaturas altas e da hospitalidade dos gaúchos. Com um custo de vida bastante parecido com os seus países de origem, as praias são um atrativo para os alegres e receptivos “hermanos”.

“Gosto muito da tranquilidade de Mariluz e da gente amável que mora vive aqui. Vinha para o Imbé quando era pequeno, mas agora está muito mais lindo. Até quando fica nublado ou chove eu gosto. Sem contar com a hospitalidade das pessoas, que são muito atenciosas e nos recebem muito bem”, afirmou o argentino Mauri Aquino, 35 anos, morador de Missiones que observava o filho Ezequiel, de três, correndo e brincando na areia.

Todos os entrevistados pelo Correio do Povo relataram que os preços no território gaúcho não são altos e se parecem muito com os praticados nos países vizinhos. “O custo de vida aqui é muito parecido com o da Argentina. Gastamos em média R$ 200 por dia, sem contar o almoço. Vale a pena. Além da temperatura agradável, as praias são lindas. Conhecia Capão, mas estou encantado com Torres”, declarou Juan Bard, 35 anos, que está acompanhado de mais três pessoas.

As imobiliárias de Torres admitem que a procura é boa, mas bem aquém da expectativa e longe dos tempos que os vizinhos vinham em maior número para o Litoral Norte gaúcho. Em relação a 2015, Maurício Almeida, corretor de uma empresa de locações da cidade litorânea, acredita que a movimentação caiu 40%. Mas aqueles que buscam as locações na região não estão reclamando do preço dos apartamentos e das casas. Já em Capão, a realidade é diferente. “Bastante pessoas de fora estão procurando os aluguéis, mais até do que em 2015. Porém, eles estão ficando menos tempos”, declarou o corretor Gregori Machado.

Franco Farchi, de 34 anos, e Paola Colombo, de 35, de Rosário, na Argentina, comprovam a tendência. Eles passaram por algumas praias do Estado e gostaram muito. “Torres é muito linda. A temperatura do mar está perfeita e água limpa. Muito bom. E o custo é bastante parecido com o de Rosário”, revelou Farchi que viajou 1.395 quilômetros para conhecer o litoral gaúcho.

O uruguaio Armando Caetano, de 61 anos, fez metade do deslocamento da dupla argentina, já que vive em Tacuarembó, a 9h23min de viagem, em média, de Torres. Ele e os 10 acompanhantes, entre familiares e amigos, mais uma vez estão amando o período de férias no Brasil, fato que se repete há 18 anos. “Aqui tem praia todo o dia. No Uruguai, muda muito rápido e quando chove pode demorar dias para limpar o céu. Além disso, o custo de vida é bem parecido com o do nosso país”, declarou Caetano.

A expectativa das imobiliárias é que mais estrangeiros cheguem em maior número nos próximos dias, já que estamos na segunda semana de janeiro. Outro fato destacado é a presença em grande número de brasileiros de outros estados da república.

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