Arrozeiros estão proibidos de captar água do rio dos Sinos até domingo

Arrozeiros estão proibidos de captar água do rio dos Sinos até domingo

Nível da água em Novo Hamburgo atingiu 70 cm nesta sexta-feira

Camila Kila/Rádio Guaíba

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Os produtores de arroz da região do Vale do Sinos não poderão captar água do rio para irrigação das lavouras das 14h de hoje até domingo. A medida atende o acordo firmado nessa quinta-feira, com validade até 15 de março de 2012, que estabelece novos níveis para a suspensão. Nesta manhã, na estação de bombeamento da Comusa, em Novo Hamburgo, o rio dos Sinos estava com 70 cm, nível que leva à interrupção da captação em toda a bacia.

Diariamente, as companhias de água deverão comunicar ao Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos (Comitesinos) o nível das águas pela manhã. Caso esteja abaixo de 80 cm em Campo Bom, 70 cm em Novo Hamburgo e 60 cm em São Leopoldo, os arrozeiros serão informados e deverão suspender a captação a partir das 14h, pelas próximas 48h.

Após esse período, a água volta a ser retirada para irrigação, caso o nível esteja acima do limite mínimo de 70 cm em Campo Bom, 60 cm em Novo Hamburgo e 50 cm em São Leopoldo. Caso contrário, a interrupção permanece até a normalização dos níveis.

O presidente do Comitesinos, Sílvio Klein, conta que, desde 2004, esse tipo de acordo já foi realizado cinco vezes. Ele acredita que a medida ajude a melhorar o nível do rio dos Sinos, garantindo a sobrevivência dos peixes que vivem no local e o abastecimento de água na região.

O acordo firmado entre o Comitesinos e a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) tem peso de decreto e passa a ser aplicado pelo Departamento Estadual de Recursos Hídricos (DRH). A publicação no Diário Oficial do Estado deve ocorrer na segunda-feira.

Como terá validade legal, órgãos como Secretarias Municipais do Meio Ambiental, Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) e Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) poderão punir quem descumprir a medida. Entre as sanções estão multa e até mesmo lacramento das bombas, a serem aplicadas conforme cada caso.


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