Ato em defesa do saneamento público reúne manifestantes em Porto Alegre

Ato em defesa do saneamento público reúne manifestantes em Porto Alegre

Grupo criticou a privatização da Corsan pelo governo do RS


Felipe Samuel

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Um ato em defesa do saneamento público e contra a privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) reuniu na tarde desta quinta-feira manifestantes no Centro Histórico de Porto Alegre. Durante a caminhada, que partiu do Paço Municipal e passou pela sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o grupo criticou a intenção do Governo do Estado de vender a estatal. Representantes de movimentos sociais e de partidos políticos destacaram o trabalho da estatal, que atende centenas de municípios gaúchos, e necessidade de impedir a privatização prevista para o final do ano.

O trânsito ficou bloqueado na rua Siqueira Campos, por onde os manifestantes se deslocaram até o TCE. O ato se encerrou na sede da Corsan, na rua Caldas Júnior. O presidente do Sindiágua/RS, Arilson Wünsch, afirma que o segundo ato em defesa da Corsan este ano demonstra a importância da empresa. “Estamos chamando a atenção da sociedade gaúcha pra esse bem importante pra vida chamada água”, afirma. Conforme Wünsch, a proposta de venda da estatal, em torno de R$ 1,5 bilhão, está abaixo do faturamento anual de R$ 4 bilhões da empresa.

“Estão entregando a Corsan. E isso aí o TCE apontou lá no final de junho, quando o governo desistiu (da privatização). E agora anuncia o leilão até o final do ano”, observa. Em julho, o TCE acolheu o posicionamento do Ministério Público de Contas (MPC) - e do Corpo Técnico do órgão - e determinou que o processo de privatização da estatal não avance “sem a promoção de fundamentadas correções na modelagem econômico financeira adotada para a desestatização da Entidade”. O Estado não recorreu da decisão, mas optou pela substituição do IPO de oferta de ações na bolsa por uma venda integral da companhia.


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