Ato pela educação pública reúne cerca de mil pessoas em Porto Alegre

Ato pela educação pública reúne cerca de mil pessoas em Porto Alegre

Promovido pelo Cpers Sindicato, protesto encerrou em frente ao Palácio Piratini

Felipe Faleiro

Com cartazes e mantas tricotadas, manifestantes percorreram vias do Centro Histórico

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Uma manifestação promovida pelo Cpers Sindicato no Centro Histórico de Porto Alegre na manhã desta terça-feira reuniu cerca de mil pessoas, de acordo com números da organização, em defesa da educação pública e contra o que consideram “desmandos” dos governos federal e estadual. Entre outras demandas, a chamada Marcha dos Aposentados(as) e Ato pela Educação também buscou chamar a atenção para a alegada baixa reposição salarial dos inativos ao longo dos anos.

Representantes dos 42 núcleos do sindicato participaram do ato com sinetas, palavras de ordem e cartazes, saindo da sede do Cpers, na avenida Alberto Bins, e encerrando em frente ao Palácio Piratini. O diretor do 35º Núcleo, de Três de Maio, Marino Simon, disse que o governo “não vem cumprindo com a função que foi atribuída pelos eleitores”. “Depois de seis anos sem reajuste, o governador disse que pagou 36%, mas, na verdade, utilizou nossos triênios para isto. Foi uma mentira para a comunidade gaúcha”, afirmou.

Os participantes também levavam mantas de tricô, confeccionadas por eles próprios. As peças, que posteriormente serão doadas, foram confeccionadas com o sentimento de “indignação”, afirmam. “Este é o tricô da resistência. Cada ponto representa uma denúncia àquilo que o governo vem retirando de direitos e desmerecendo nossa educação pública”, afirma o vice-presidente do Cpers, Edson Garcia. Os organizadores estimam dez milhões de pontos, somando todas as mantas. Uma peça média tem de 1,80 metro x 2 metros.

A vice-diretora do 35º Núcleo, Carmen Demboski, afirmou que o grupo de 36 pessoas percorreu cerca de 500 quilômetros a partir de Três de Maio, em uma viagem de cerca de sete horas. “O IPE está sendo sucateado. Grande parte dos professores estaduais do RS é contratado, e não passa por concurso público. Assim, contribui para o INSS, e não para a previdência estadual, o que não acontece em outros locais. Ou seja, o governo não está cumprindo a lei”, disse. O ato foi acompanhado pela Brigada Militar (BM) e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).


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