Atropelador de ciclistas diz que não teve intenção de matar
“Graças a Deus que foram lesões leves e danos materiais”, afirmou Ricardo Neis
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A conversa foi ao ar após nove dias desde que ele foi solto, em razão de um habeas corpus, do Presídio Central – decisão que gerou um novo protestos de ciclistas três dias depois. Neis, nervoso, manteve a versão que o seu filho – que estava junto a ele no carro – tinha se sentido ameaçado pelos ciclistas. “Meu guri estava em pânico. Eu fiquei em pânico também e resolvi fugir.”
A confusão aconteceu na rua José do Patrocínio, no bairro Cidade Baixa. A Massa Crítica ocorria na via, impedindo o trânsito de veículos, devido ao número de participantes – eram mais de 150. Neis alegou ter sido intimidado por alguns dos integrantes da manifestação, que teriam batido em seu carro e afirmou que não teve como estacionar: “Naquele momento não haveria tempo”. Também criticou o elevado número de participantes: “Você não pode ter uma manifestação, uma passeata, no meio do trânsito”.
Ele se mostrou aliviado com o fato de ninguém ter morrido no episódio: “Graças a Deus que foram lesões leves e danos materiais”, disse. “Não estou nem preocupado com o meu carro”, completou, referindo-se ao Golf preto, que foi encontrado abandonado um dia depois da colisão.
No entanto, Neis não foi enfático ao responder se estaria arrependido: “Realmente eu me pergunto 'será que eu avaliei certo?'”. E recordou: "Estava totalmente transtornado e fiquei por mais um tempo".
Neis diz ter ficado com problemas psicológicos
Após atropelar o grupo, Ricardo Neis procurou tratamento psiquiátrico. Na entrevista, ele garantiu que não tinha problemas de saúde desse tipo. A sua procura aos médicos foi consequência do incidente, segundo ele, cujo seu laudo médico, revelou, teria apontado "estresse pós-traumático".
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