Audiência de conciliação termina sem consenso em relação ao fim do vestibular da UFSM

Audiência de conciliação termina sem consenso em relação ao fim do vestibular da UFSM

Câmara de Indústria e Comércio de Santa Maria propôs um prazo de transição para alterar forma de seleção

Samantha Klein/Rádio Guaíba

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Depois de falta de consenso em uma primeira reunião para tentar mediar o conflito que se estabeleceu entre a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Câmara de Indústria e Comércio de Santa Maria, em função do fim do vestibular da instituição, ficou com o Judiciário a tarefa de definir os próximos passos do ingresso de novos alunos na instituição. A entidade empresarial ingressou com ação contra a universidade após a decisão de trocar o concurso tradicional pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

A Câmara de Indústria e Comércio fala que não houve tempo razoável para a troca de sistema de entrada na UFSM. Além disso, que a mudança não leva em conta a manutenção de vínculos regionais que motivou a distribuição de instituições de ensino superior pelo Brasil. O presidente da Câmara, Luiz Fernando Pacheco, relata que apesar de uma proposta intermediária, prevendo aprovação no vestibular e o uso da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não houve consenso. “Pode um processo ser completamente modificado cinco meses antes da prova? Esse é nosso questionamento. Por isso, chegamos à audiência com uma proposta de transição entre vestibular e Enem, mas não obtivemos nada”, ressaltou.

O juiz federal Loraci Flores de Lima deu prazo de três dias para que o Ministério Público Federal se manifeste sobre o caso. Logo após a avaliação das argumentações é que o magistrado deve julgar a ação. A data ainda não foi definida, mas a solicitação das entidades empresariais é por avaliação urgente do caso. Também há ações individuais de estudantes que se sentiram lesados com a decisão da UFSM.

A Reitoria vai apresentar uma resposta aos questionamentos do MPF ainda nesta sexta-feira e, no começo da próxima semana, ao Judiciário. O procurador da universidade, Rubem Correa da Rosa, defende que a decisão do Conselho foi tomada em tempo hábil.

A representação empresarial ingressou com ação contra a universidade no dia cinco de junho pedindo a suspensão da decisão da Universidade que determinou que 100% das vagas sejam concedidas via Sisu. Conforme decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFSM, a nova metodologia passa a ser aplicada já a partir do primeiro semestre de 2015. As provas do Sisu estão marcadas para 8 e 9 de novembro.

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