Audiência pública discute impactos da Covid-19 no Orçamento da Saúde para 2022

Audiência pública discute impactos da Covid-19 no Orçamento da Saúde para 2022

Discussão teve ênfase no tratamento de pacientes que ficaram com sequelas da doença

Taís Teixeira

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A discussão do impacto da pandemia de Covid-19 no Orçamento da Saúde 2022, com ênfase no tratamento das sequelas da doença nos pacientes que sobreviveram à doença, foi tema da audiência pública conjunta entre as comissões de Saúde e Meio Ambiente, de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle e de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado, que ocorreu nesta segunda-feira, em formato virtual, com transmissão nas redes sociais da Assembleia Legislativa. A proposição foi dos deputados Luciana Genro, Sofia Cavedon e Pepe Vargas, Jeferson Fernandes, Valdeci Oliveira, Fernando Marroni, Edegar Pretto, Zé Nunes, e Luiz Fernando Mainardi. Participaram representantes políticos e lideranças da sociedade civil.

O vice-presidente da comissão de Serviços Públicos da AL, Jeferson Fernandes, conduziu o debate. Fernandes começou lendo as perguntas e comentários enviados pelo público que acompanhava a transmissão, sendo que todas as questões abordavam a necessidade do tratamento das sequelas da doença. O cerne do debate é exigir o repasse dos 12% para a saúde. “A prioridade neste momento é salvar a vida das pessoas”, destacou.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, Claudio Augustin, afirmou que historicamente os 12% não são repassados. “O que já era difícil, ficou ainda mais na pandemia”, reforçou. A presidente da Associação das Vítimas de Covid-19 (Avico), Paola Falceta, disse que hoje a associação tem 1,5 mil associados, sendo que metade tem sequelas da Covid-19. “A invisibilidade é grave e séria, temos acamados, com fralda, precisando de medicações, e não são atendidas pelo Estado”, disse.

O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM/RS), Carlos Isaia Filho, disse que há preocupação com a pandemia e as novas variantes, mas também com as condições de trabalho. “Estamos prontos, mas necessitamos de condições para trabalhar, mais equipamentos, tratamentos especializados para atender as pessoas, inclusive as que sobreviveram à Covid-19”, disse. 

A presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Zilá Breitenbach, enfatizou o trabalho do governo estadual contra a doença. “Se fala muito das sequelas da Covid-19, mas eu gostaria de ampliar a discussão dizendo que as sequelas foram represadas para que a Covid-19 fosse atendida, o que é uma demanda muito grande”, reforçou, explicando que o Estado conseguiu que repasses fossem feitos junto à Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) para que os municípios destinarem, pelo menos, 20% do repasse recebido à Saúde. Os apontamentos foram incluídos em uma proposta para dar continuidade ao tema.


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