Auditores resgatam 19 trabalhadores em situação degradante em MG
Grupo trabalhava para colheita de café sem carteira assinada
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O empregador foi autuado para pagar as rescisões dos contratos, no valor de R$ 70 mil, e depositar o valor do FGTS. Ele também foi obrigado a garantir o retorno dos trabalhadores a suas cidades de origem, na Bahia.
As pessoas resgatadas foram recrutadas pelos chamados “gatos” (nome dado a profissionais que fazem a intermediação de força de trabalho), que prometeram o serviço e a restituição do valor da viagem, cerca de R$ 200. Os trabalhadores aderiram sem informações sobre as atividades, as condições, a forma de remuneração e a contratação. Todos foram admitidos sem carteira assinada.
O local da colheita não tinha banheiros. A água disponível era apenas a de uma nascente. As refeições eram preparadas pelos próprios trabalhadores e tinham que ser consumidas no chão. A jornada não tinha controle e o trabalho era organizado pelo que era produzido por cada trabalhador, resultando em pagamentos ao fim de cada semana.
O alojamento não era equipado com camas nem roupas de cama suficientes. A comida e materiais de limpeza eram comprados em um comércio a 20 quilômetros da fazenda na forma de crédito, que seria abatido dos pagamentos. A dívida do grupo havia ultrapassado os R$ 7 mil.