Azul projeta reestabelecer 100% da capacidade em 2021

Azul projeta reestabelecer 100% da capacidade em 2021

Voos para o Uruguai estão entre as metas

Taís Teixeira

Azul pretende reestabelecer indicadores anteriores à pandemia

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A retomada total das operações no Estado, ampliação de assentos e inclusão de novos destinos são algumas das metas para 2021 apresentada ontem pela companhia Azul Linhas Aéreas Brasileiras durante uma live no instagram oficial da imprensa da Azul. A atividade virtual mostrou o balanço de 2020 da empresa  no Rio Grande do Sul e no Brasil para veículos de comunicação.  Na semana passada, a Azul aumentou o  programa de regionalização no Estado, incluindo na malha doméstica do Rio Grande do Sul Caxias do Sul, Santo Ângelo e Uruguaiana. No total, a empresa tem sete cidades de atuação no Estado, somando as novas às bases de  Uruguaiana, Pelotas, Santa Maria, Passo Fundo e Porto Alegre.

 Mesmo em um ano de pandemia, o gerente de planejamento de malha da Azul, Vítor Silva, destaca a relevância do Projeto Verão Azul Conecta, que incentiva a regionalização de destinos exclusivos que não contam com acesso aéreo. No Estado, as cidades de Torres, no litoral, e Canela, na serra, foram inseridas nas rotas. De 17 de dezembro de 2020 a 31 de janeiro, houve mais de 200 voos, 1200 passageiros, 400 em conexão (o que evidencia que são de outros estados) para as cidades, um resultado que superou as perspectivas da empresa. Azul Conecta tem 17 aeronaves, 14 para passageiros e três para cargas. Ele enfatiza  que o maior desafio foi a falta de infraestrutura dos locais. “ Muitos voos tiveram que ser cancelados devido ao mau tempo, já que alguns aeroportos não operam sobre condições de instrumento ,e sim visual”, explica.

Ele explica que está em fase de revisão jurídica um acordo homologado pelo Rio Grande do Sul que oferece redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) sobre o combustível. “Em contrapartida, ampliaremos a regionalização, com mais destinos no Estado”, destaca. A previsão é de que entre em vigor neste ano. O retorno de voos para o Uruguai também é uma meta, já que o país fechou as fronteiras devido a pandemia

Quanto ao cenário nacional, Silva afirmou que 2020 foi “catastrófico”. Ele relata que até março a demanda doméstica estava normal, sendo apenas os voos internacionais reduzidos devido à repercussão mundial da pandemia. “Nossa média diária nacional era de 950 voos por dia, número que caiu para uma média de 70, sem contar que teve dias que contabilizaram nove voos”, afirma.

Diante da retração da procura, o gestor conta que identificou um crescimento leve da demanda a partir do segundo semestre de 2020, passando a operar com a média nacional de 600 voos diários, chegando a operar 700. Com o cancelamento do Carnaval em muitas cidades, ou a decisão de não ser ponto facultativo,  a empresa reduziu temporariamente o número de voos em fevereiro voltando ao fluxo maior em março.

O gerente enfatizou que mesmo diante do cenário de incertezas, a Azul operou durante todos os dias, inclusive atendendo destinos de difícil acesso. Ele salienta que a segurança sanitária das aeronaves teve alterações, como um tempo maior dedicado para a higienização  a fim de seguir com rigor aos protocolos exigidos pelos órgãos responsáveis nacionais e internacionais. “O avião é desenhado para não ser um vetor de transmissão viral”, esclarece salientando que a companhia foi a primeira no Brasil a usar raios ultravioletas na limpeza dos aviões.

Silva reitera que a empresa cumpriu seu papel social neste período, transportando seis milhões doses de vacina para o país, além de disponibilizar aeronave para a Índia e ajudou no transporte de  cilindros de oxigênio para os pacientes de Manaus. Em 2019, Silva comenta que quase 15 mil aeronaves da Azul decolaram do Estado, o que demonstra que a Azul  sempre teve e tem interesse em manter a posição de liderança no Estado.


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