Baleia está muito debilitada e pode ser sacrificada, diz biólogo

Baleia está muito debilitada e pode ser sacrificada, diz biólogo

Resultado de exames feitos no animal deve ficar pronto hoje <br />

Correio do Povo

Baleia jubarte pode ser sacrificada devido ao estado debilitado

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Devido ao estado debilitado, a baleia jubarte que encalhou em Balneário Pinhal, no Litoral Norte, nessa quinta-feira, pode ser sacrificada. O biólogo do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) Maurício Tavares disse que foram coletadas amostras de sangue e bacteriológicas do animal e o resultado deve ficar pronto ainda nesta sexta-feira. No entanto, ele considera muito difícil que se opte pela remoção da baleia, já que ela aparenta estar doente. “É um bicho muito novo, com cerca de 1 ano, que está com os olhos fechados e sem reflexo”, explicou.

Tavares informou que todas as entidades que participam dos cuidados à baleia – Ceclimar, Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) – devem se reunir para definir o que fazer com ela. O biólogo disse que foram enviadas fotos do mamífero para o coordenador de pesquisas do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, que participou no ano passado do desencalhe de um animal da mesma espécie no Rio Grande do Sul. Segundo o biólogo, Marcondes também acredita que a baleia está doente. “Quando o bicho está sofrendo, o que se pode fazer é sacrificá-lo”, disse Tavares, explicando que o método usado nesses casos pelo instituto é a aplicação de uma dose grande de anestésico.

O biólogo acrescentou que o animal está muito magro e a pele, com um aspecto ruim. A suspeita é de que ele não tenha conseguido estocar energia para fazer a migração e por isso acabou indo para a praia. As amostras de material bacteriológico também serão enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. O resultado deve ajudar a identificar o motivo para a jubarte vir para essa região.

Em agosto do ano passado, uma baleia encalhou duas vezes no Litoral Norte. Um rebocador, biólogos e mergulhadores da Brigada Militar conseguiram removê-la para a rebentação, mas no dia seguinte, o animal retornou e encalhou novamente.

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