Bancários rejeitam oferta e mantêm greve na Capital e Região Metropolitana
Categoria contrariou a orientação do Comando Nacional e fará nova assembleia na segunda-feira
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A maioria optou por manter a mobilização ao menos até segunda-feira, quando ocorre mais uma assembleia. A decisão contrariou a orientação do Comando Nacional de Greve, de os sindicatos regionais aprovarem a oferta mais recente de reajuste. Ainda assim, em 18 das 37 regiões sindicais, os bancários voltarão ao trabalho já na manhã de segunda (com exceção dos ligados ao Banrisul, que seguem negociando pontos específicos da pauta).
Em outras 10 regionais (Cruz Alta, Erechim, Rio Pardo, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Santo Ângelo, Soledade, Uruguaiana e vales do Caí e do Paranhana), a categoria ainda não se decidiu e assembleias ocorrem também na segunda-feira. Segundo a Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi), cinco localidades (Frederico Westphalen, Lajeado, Passo Fundo, São Gabriel e São Leopoldo) não haviam divulgado, até as 21h, os resultados da convenção realizada nesta sexta-feira.
Outras sete cidades devem discutir o fim da paralisação na segunda pela manhã. A adesão à greve é de 73% na Capital e Região Metropolitana, segundo o Sindbancários. Das 450 agências, 330 estão fechadas total ou parcialmente. No Estado, o percentual de bancos afetados é de 64%, com 1.118 das 1.747 unidades paralisadas.
Após 16 horas de negociação, o Comando Nacional de Greve e a Fenaban entraram em acordo na madrugada desta sexta, em reunião ocorrida em São Paulo. A nova proposta foi de 8% de aumento sobre os salários (aumento real de 1,82%), 8,5% sobre o piso salarial (ganho real de 2,29%) e 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Também ficou acertada a proibição de os bancos enviarem SMS aos bancários cobrando resultados, abono-assiduidade de um dia por ano e adesão ao programa de vale-cultura do governo federal. Os dias parados deverão ser compensados até 15 de dezembro, com o máximo de uma hora diária.