Bloco de Luta realiza protesto pelas ruas centrais de Porto Alegre
Manifestação teve início em frente ao prédio da Prefeitura
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Na caminhada, eles saíram em direção à avenida Julio de Castilhos, no Centro, pararam por duas vezes – no terminal Parobé e no Camelódromo. Na sequência subiram a Borges de Medeiros, entraram na rua Demétrio Ribeiro e encerraram a marcha no Largo Zumbi dos Palmares.
O trânsito foi bloqueado em ruas próximas, causando congestionamento. Ônibus não estão passando nos terminais Parobé e no Camelódromo, o que provocou grandes filas nos pontos. Por volta das 19h15min, o serviço começou a ser restabelecido na região. O mesmo ocorreu, mais tarde, com os ônibus do eixo Leste e Sul, que ficam na Borges.
Durante o protesto, alguns dos manifestantes entregam panfletos à população, com a pauta de reivindicações, intitulado “Mais um aumento eu não aguento!”. O informe se posiciona contra o reajuste na tarifa defendendo passe livre a 100% da população. Além disso pede que o Trensurb não seja privatizado e cobra a estatização das empresas de ônibus “sob controle popular”.
Alheio ao transporte, o panfleto ainda manifesta apoio à ocupação Lanceiros Negros, que fica no Centro de Porto Alegre; manifesta solidariedade a “trabalhadores que lutam” e repudia o “ajuste fiscal e os ataques aos direitos do povo pelos governo Dilma, Sartori e Fortunati”. As pautas eram defendidas em cartazes ao longo da passeata.
Organizado pelo Bloco de Lutas, o protesto contou com apoio de militantes de pelo menos PSTU e Psol, além de diversos movimentos sociais e coletivos.
Passagem deve subir até março
Ainda não há uma data definida, tampouco um valor para o aumento da passagem aumentar em Porto Alegre. No começo do mês, o vice-prefeito, Sebastião Melo, projetou que o reajuste deveria ocorrer até março. Questionado sobre o percentual do reajuste, ele falou que ainda não sabe precisar o valor.
O Bloco de Luta
O Bloco de Luta pelo Transporte Público ganhou destaque durante o estouro dos protestos que tomaram o Brasil em 2013, iniciados a partir de manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus em Porto Alegre. Durante a efervescência do movimento, o coletivo chegou a ocupar a Câmara dos Vereadores por uma semana, ao lado de outras organizações populares, para pressionar pelas pautas relacionadas à qualidade do transporte público e a transparência nas contas da sua administração.
Depois das grandes manifestações em junho, que ganharam adesão das massas e uma profusão de novas reivindicações, o coletivo Bloco de Lutas seguiu apoiando diversos atos na Capital ligados ao transporte, a mobilidade urbana e movimentos sociais.
*Colaboraram Thamíris Mondin e Daiana Camillo
Imagens: Tiago Medina