Bons ventos são esperados no caminho da energia eólica no RS

Bons ventos são esperados no caminho da energia eólica no RS

Diretor da Sema, Eberson Silveira, ressalta que para atrair uma cadeia produtiva contundente neste setor, é preciso desenvolver uma série de projetos

Christian Bueller

Diretor da Sema, Eberson Silveira, ressalta que para atrair uma cadeia produtiva contundente neste setor, é preciso desenvolver uma série de projetos

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A energia eólica onshore (infraestruturas encarregadas de gerar energia elétrica a partir do vento que sopra em localizações em terra) também foi tema do Fórum de Energias Renováveis, evento promovido pelo jornal Correio do Povo nesta quinta-feira. O penúltimo painel do dia da iniciativa, que ocorre no Imed, em Porto Alegre, teve como mediador o diretor do Sindicato da Indústria de Energias Renováveis do Rio Grande do Sul (Sindienergia-RS), Pedro Malmann.

Um dos palestrantes foi o diretor de Energia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) Eberson Silveira, que mostrou por slides o mapeamento de energias renováveis no Estado. “As pessoas costumam pensar na energia elétrica, mas a nossa matriz é muito maior. Passamos de 24,6% de peso das energias renováveis, em 1999, para 36,9% em 2019, com o auxílio da entrada do Parque Eólico de Osório, em 2006, e a produção de biocombustível na sequência”, explicou. Silveira ressalta que o futuro é promissor nesta área, mas para atrair uma cadeia produtiva contundente, será preciso desenvolver uma série de projetos. “Com o crescimento econômico que esperamos ter, o mercado vai crescer. Temos todas as condições de abrir mais portas”, opinou.

O diretor de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança da Superintendência de Porto e Hidrovias (Portos-RS), Henrique Ilha, lembrou que o estado passou por “tempos áridos”, mas que tem observado um olhar mundial para a descarbonização irreversível. “O ritmo para esta transição precisa ser mais rápido do realizado até então. Temos uma demanda para oito bilhões de pessoas com mais qualidade de vida. Em 2050, a população mundial será de 10 bilhões”, ponderou. Para ele, o potencial no país, mas principalmente no RS é real para as energias alternativas. “Nossas condições são favoráveis. Se esperam soluções mágicas mas o tema é complexo. Estamos no lado certo da revolução. Que é inexorável. Temos que saber estocar esta energia de maneira inteligente”, concluiu.

A última palestra do Fórum trará especialistas para aborda os desafios na área da energia eólica offshore. O evento contou, ainda, com a presença do diretor-presidente do Correio do Povo, Sidney Costa, e o diretor-geral da Rádio Guaíba, Jefferson Torres.


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