Brasil cumprirá meta de redução de CO2 para 2020, aponta estudo
País se manteve estável nos últimos anos com foco para atingir a meta
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"A partir de 2004-2005, houve uma queda significativa das emissões, sobretudo pela queda do desmatamento. Agora estamos em um momento de estabilidade, embora certamente curioso porque projetamos uma tendência de aumento", afirmou Tasso Rezende de Azevedo, coordenador técnico do Sistema de Estimativas de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima, ao apresentar o estudo em São Paulo. "Será que já deixamos para trás nossos níveis mais baixos de emissão?", se perguntou Rezende de Azevedo.
O Brasil reduziu suas emissões de 1,83 bilhão de toneladas para 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente entre 1990 e 2013, segundo o estudo, uma redução impulsionada principalmente pela forte queda do desmatamento na Amazônia. Mas a queda do desmatamento se estancou atualmente e inclusive aumentou de novo, o que poderia elevar a emissão de gases nocivos, alertou Rezende.
Para sustentar esta projeção o Observatório afirma que todos os setores que emitem gases de efeito estufa além do desmatamento (resíduos, processos industriais, agropecuário e energia) mostram curvas ascendentes desde 1990 e seguiram esta trajetória constante até 2020. "Não podemos nos conformar. Uma coisa é chegar à meta baixando e outra subindo", sustenta Rezende, que defende uma redução de emissões não só vinculada à queda do desmatamento,
mas também por modificações nas outras atividades. A meta de emissões estabelecida no Brasil para 2020 é de 2,067 bilhões de toneladas.