Brasil fará testes de segurança rigorosos em suas usinas nucleares
Medida foi definida por ministro de Minas e Energia após crise atômica no Japão
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"No momento, vamos fazer uma avaliação, assim como os outros países também estão fazendo. O objetivo é testar a nossa segurança", disse Lobão. Segundo ele, esse processo não paralisará as obras para a construção da usina de Angra 3.
Questionado sobre a continuidade do programa nuclear brasileiro e os planos de construção de quatro novas usinas, o ministro explicou que, no momento, os testes têm prioridade. O ministro também afirmou que não haverá mudanças para os produtores de urânio no País. Segundo ele, o governo continuará garantindo a manufatura sem prejuízo para quem explorar o mineral.
O terremoto de magnitude 9 e o tsunami subsequente, em 11 de março, derrubaram a eletricidade e destruíram os geradores da usina de Fukushima. Sem energia, as estações de bombeamento falharam. Com o sistema de resfriamento desativado, os funcionários da central utilizaram diversos meios para encher as piscinas de resfriamento das barras de combustível usadas, incluindo água do mar e sobrevoos de helicópteros carregados com água.
Ainda assim, explosões de hidrogênio causaram incêndios que comprometeram a proteção contra radiação dos reatores 1, 2, 3 e 4. Em diversos momentos o combustível nuclear ficou exposto ao ar, fazendo os níveis radioativos no local atingir escala prejudicial aos seres vivos. Os engenheiros tentam conectar a rede do local em uma fonte de eletricidade não danificada.
O balanço oficial do terremoto e tsunami, seis dias depois da catástrofe, chegou a 5.178 mortos e 8.606 desaparecidos. Apenas na cidade de Ishinomaki, o número de desaparecidos alcança 10 mil pessoas, segundo autoridades locais. O número de feridos é de 2.285, enquanto mais de 88 mil casas e edifícios foram destruídos, total ou parcialmente.