"Brasil pode adotar medidas mais drásticas contra o coronavírus", diz Mandetta

"Brasil pode adotar medidas mais drásticas contra o coronavírus", diz Mandetta

Ministro da Saúde afirmou que fechar o espaço aéreo e as fronteiras "não seria a melhor solução"

Correio do Povo

Ministrou relatou 73 casos no País

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Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o país poderá em breve tomar iniciativas mais enérgicas para conter a propagação do coronavírus. "O Brasil pode adotar medidas mais drásticas contra a proliferação", afirmou, completando que a medicina é a arma com que se lutará contra o vírus.

"Meu povo da saúde, nós vamos fazer o que se espera que a gente faça, mas vamos pedir muito a colaboração da sociedade. Tenho mantido o presidente em alerta constante, todo mundo atento, participei de encontro com o Congresso ontem durante quase toda a tarde. O diálogo com o Congresso foi bem", considerou.

Mandetta falou que fechar o espaço aéreo e as fronteiras "não seria a melhor solução", pois teria impactos em diferentes áreas, mas comentou que todas as pessoas que chegarem de outros países com sintomas serão consideradas suspeitas. Ele citou o choque de consumo gerado pela demanda por máscaras no mundo, citando o fechamento de fábricas na China e Índia, "Fizemos um chamado internacional e conseguimos comprar, deve estar chegando na próxima semana", afirmou, ressaltando que fechar portos e aeroportos impossibilitaria a chegada dos equipamentos.

O ministro ainda afirmou que constituiu "o maior núcleo de especialistas em coronavírus" em Brasília e que, se verba de R$ 5 bilhões pedida não for dada ao Ministério, ele fará o remanejamento do orçamento do ano. A estimativa é que o dinheiro seja realocado à pasta por meio de uma Medida Provisória. Mandetta apontou que 30% dos jovens infectados pelo vírus sarS-CoV-2 são assintomáticos "Não vai ter nada, vai ser simpelsmente uma pessoa que cirucla no meio e passa para o outro. Outros tem sintomas lentos", avaliou.

Rio de Janeiro

O ministro afirmou que "o Rio de Janeiro deve se preparar". "Precisa de um debate muito mais profundo do que só para saúde", afirmou. "O Rio de Janeiro precisa de uma construção de um projeto de longo prazo não só para a saúde. E cadê os centros de saneamento? Cadê habitação? Achar que favela é um processo natural, quando não entra uma ambulância lá", criticou.

Como prevenir o contágio do coronavírus 

De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:

• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.

• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.

• evitar aglomerações se estiver doente.

• manter os ambientes bem ventilados.

• não compartilhar objetos pessoais. 

 

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