Brasil possui 739 casos suspeitos de microcefalia, diz ministério
Recentemente foi declarada emergência em saúde pública de importância nacional sobre o assunto
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O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que, desde o início da notificação do aumento no número de casos de microcefalia, pesquisadores analisam a hipótese de relação da doença com a infecção pelo vírus Zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue.
“Pesquisadores, desde o início, estão estabelecendo uma correlação positiva entre a microcefalia e o vírus Zika”, disse o ministro, em entrevista a jornalistas. “ O que os pesquisadores estão dizendo é que podemos afirmar com segurança que é acima de 90% a probabilidade de ser verdadeiramente o Zika. Há pesquisadores que chegam a dizer que há 99,5% de certeza que é o Zika vírus. Se tivéssemos uma literatura internacional que nos respaldasse, não tinha nenhum problema. O problema é que tudo que está acontecendo no Brasil é inédito. No mundo todo, não há um caso de epidemia de Zika nem de surto de microcefalia como está acontecendo no Brasil”, completou.
Segundo o ministro, a hipótese foi reforçada por análises da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Exames de laboratório constataram a presença do genoma do vírus Zika em amostras de duas gestantes da Paraíba cujos fetos foram confirmados com microcefalia por meio de exames de ultrassonografia. O material genético do vírus foi detectado em amostras de líquido amniótico.
O Ministério da Saúde analisa e investiga esse aumento dos casos de microcefalia em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de Saúde e instituições nacionais e internacionais. Recentemente, o ministério declarou emergência em saúde pública de importância nacional para dar maior agilidade às investigações sobre a elevação do número de casos.
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 centímetros.