Brique da Redenção preparado para receber turistas

Brique da Redenção preparado para receber turistas

Artigos que remetem à tradição gaúcha são os que mais atraem os estrangeiros

Correio do Povo

Ivy Teong e Yiyang Lo comprando cuia e bomba de chimarrão

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Curso de línguas, cardápio em espanhol e inglês, produtos diferenciados e mimos integram a lista de preparativos dos artesãos do Brique da Redenção para melhor receber os turistas e visitantes. Cerca de 120 bancas, organizadas por artesãos e representantes de outros segmentos, em parceria com a Secretaria Municipal da Produção Indústria e Comércio (Smic), funcionam normalmente neste domingo das 9h às 18h.

A artesã Ilíria Nunes, que faz panos de prato com enfeites de crochê, disse que ela e outros colegas frequentaram cursos de idiomas. “Tivemos aulas de inglês e espanhol para atender bem a todos”, conta ela. O cardápio de lanches da barraca da Vera Maria Ribeiro da Silva Almeida, conhecida como Verinha do Brique, foi traduzido para o inglês e o espanhol. “Desde o último domingo até hoje já atendemos australianos, franceses, holandeses, equatorianos e hondurenhos. A maioria quer experimentar o pinhão e o quentão, que não conhecem. Nós fizemos a tradução do cardápio e mesmo sem falar outra língua conseguimos nos comunicar bem, pois até mímica fazemos”, disse Verinha, que participou da edição extraordinária no feriado de quinta-feira.

Camisetas com jogadores de times que jogam em Porto Alegre foram especialmente pintadas pelo artesão Francisco Ricas, estrageiros de diversas partes do mundo durante esta edição do Mundial. “Para o jogo da Alemanha, vou preparar camisetas do jogador Gunter Netzer, que encerrou a carreira de jogador em 1978. Um alemão que esteve aqui no ano passado me pediu esta camiseta para esta Copa”, contou Ricas, que era cozinheiro e há 7 anos resolveu tornar a pintura, que era seu hobby, em profissão.

Toda esta preparação está sendo bem recebida pelos estrangeiros. O casal de Singapura Ivy Teong e Yiyang Low, que já passaram por São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Cuiabá, afirmam que a cidade que mais gostaram até o momento é Porto Alegre. “Em nenhum lugar fomos tão bem recebidos. Aqui, as pessoas, mesmo sem dominar totalmente o inglês, tentam se comunicar e nos recebem com carinho. O clima da cidade é muito bom”, afirma Yiyang. O casal estava na banca do artesão Alberi Colbeich, escolhendo uma cuia e muito curioso para experimentar o chimarrão. “Como uso uma técnica diferente para fazer minhas cuias, eles já vão sair daqui tomando o chimarrão, pois não é preciso curar o porongo. Sempre presenteio os clientes de fora com erva e água quente para que já saiam daqui tomando o chimarrão e conhecendo um pouco mais sobre a história da erva mate”, disse Colbeich.

Os artigos que remetem à tradição gaúcha são os que mais atraem os turistas. Luciane Koelbech comemora a venda de cuias, bombas, tapa-ervas e cucharras (medidas para chimarrão). “Os turistas estrangeiros ou de fora do Rio Grande do Sul adoram levar cuias e os complementos. Eles acham interessante porque vêm as pessoas tomando chimarrão na Redenção”, complementa.

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