Câmara de Bom Jesus dá início à CPI para investigar morte de cães

Câmara de Bom Jesus dá início à CPI para investigar morte de cães

Vereadores dizem que estão cobrando medidas de proteção aos animais há dois anos

Bibiana Borba / Rádio Guaíba

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A CPI que apurar a suposta participação de funcionários da Prefeitura de Bom Jesus na morte de cães na cidade, começa a nomear as funções de vereadores para a investigação em sessão que terá início às 18h desta quinta-feira, na Câmara Municipal. A abertura da comissão foi protocolada nesta quarta-feira, já que eram necessárias apenas três assinaturas favoráveis — do total de nove parlamentares. Três vereadores, entre eles Rafael Oliveira Silveira (PP), que teria ordenado o envenenamento dos animais enquanto ocupava o cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico, estão em Brasília para participar da Marcha de Vereadores, nesta quinta-feira. A Câmara também cogita a abertura de um processo de cassação do mandato do ex-secretário, a pedido de eleitores.

A presidente do Legislativo de Bom Jesus, Lucila Maggi (PMDB) questiona se seria possível que o prefeito, Frederico Becker (PP), não tivesse nenhum conhecimento sobre o crime. “A gente já ouviu comentários na cidade, e tem que investigar. Não podemos julgar precipitadamente, mas é impossível que esteja acontecendo dentro da Prefeitura e o prefeito não saiba de nada. Fica essa dúvida no ar. Até porque a Câmara vem cobrando uma política em relação aos animais e, em dois anos em que ele está no poder, nada foi feito”, cobra a vereadora.

De acordo com a parlamentar, no ano passado, um projeto apresentado por ativistas de defesa dos animais ao Executivo não foi levado adiante. Um veterinário do município estaria, inclusive, disposto a trabalhar gratuitamente. Neste ano, um vereador chegou a protocolar um projeto de sugestão ao Executivo para a organização de espaços de tratamento de animais de rua e, até hoje, a proposta não voltou à Câmara pra votação.

O prefeito, Frederico Becker, alega que vem conversando com entidades de proteção dos animais desde o início do mandato e cogita, inclusive, doar um terreno municipal para ser usado como abrigo. Ele nega qualquer envolvimento no crime que levou à morte de 126 cães e três gatos, no final de novembro, na cidade.

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