Café da manhã que dá ânimo e força para a lida em Caxias

Em meio ao pequeno corre-corre dos últimos ajustes no Parque de Eventos de Caxias do Sul na manhã ensolarada desta quinta-feira na Serra Gaúcha, um estabelecimento com não mais que 25 metros quadrados oferecia uma pequena viagem ao século XIX. Com o sugestivo nome de Bodegão, o local já estava de portas abertas, em uma das alas que reproduz uma rua da época do início da colonização italiana.

Com vista aos pavilhões da Festa da Uva – que será aberta oficialmente às 16h30min, em cerimônia com a presença da presidente Dilma Rousseff – dona Rosalina Fonseca da Silva vendia seus produtos “direto da Colônia”. “O Bodegão é o símbolo do passado e do presente”, orgulha-se ela, que fundou a venda com seu marido, Vivaldo Vargas da Silva, há nove anos.

“Aqui a gente vende produtos direto da colônia, como queijo, salame, pão e vinho”, acrescenta ela. Apetitosos exemplos no balcão comprovavam todas as palavras dela. “O que mais sai é o salame e o queijo”, afirma, sem deixar de citar o café da colônia, “que é diferente do café colonial”. Um café, conforme a dona do Bodegão, para dar ânimo e força àqueles que levantam ao amanhecer – ou antes dele – para tocar a lida.

Aberto o ano inteiro, o Bodegão registra seus recordes de venda a cada Festa da Uva. Neste ano, a expectativa é que o evento receba 1 milhão de visitantes, de hoje até o dia 4 de março. “O Bodegão é um dos pivôs da festa”, garante a dona, antes de deixar o balcão para servir mais um café.