Calendário vacinal para pessoas que vivem com HIV será divulgado na segunda-feira

Calendário vacinal para pessoas que vivem com HIV será divulgado na segunda-feira

Todas as unidades de saúde terão acesso ao trabalho para que os profissionais tenham um meio de consulta prático para poder informar o público com segurança

Cláudio Isaías

Calendário vacinal para crianças expostas ao HIV e pessoas que vivem com HIV/Aids estará disponível a partir de segunda-feira nos postos de saúde

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O calendário vacinal para crianças expostas ao HIV e pessoas que vivem com HIV/Aids estará disponível a partir da próxima segunda-feira nos postos de saúde de Porto Alegre. Todas as unidades de saúde terão acesso ao trabalho para que os profissionais (médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem) tenham um meio de consulta prático para poder informar o público com segurança. A informação é do enfermeiro Augusto Crippa, do Núcleo de Imunizações da Vigilância da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que nesta terça-feira participou de uma videoconferência sobre o tema.

O anúncio integrou as ações do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, celebrado em 1º de dezembro. O trabalho foi realizado pela equipe da Vigilância Sanitária que pesquisou calendários desenvolvidos pelo Ministério da Saúde e pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

"A pessoa que vive com HIV mesmo com o tratamento é suscetível a doenças. E uma maneira mais efetiva de uma pessoa receber proteção contra essas doenças é por meio da vacinação", ressaltou. A apresentação contou com as participações do médico Juarez Cunha e da enfermeira Bianca Ledur, ambos da SMS.  

Como parte das atividades do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, a população teve acesso a testagem rápida de fluido oral e autoteste para HIV e orientações sobre a importância da prevenção, distribuição de preservativos, aconselhamento e prevenção à Covid-19. A ação foi realizada no andar térreo do Centro de Saúde Santa Marta, no Centro Histórico.

A atividade promovida pela secretaria acontece até sexta-feira, dia 4, das 8h às 17h. O Centro de Saúde Modelo, na avenida Jerônimo de Ornelas, no bairro Santana, realiza hoje os mesmos atendimentos, das 13h às 17h. A iniciativa tem como objetivo ampliar o diagnóstico de HIV e orientar sobre prevenção.

Pessoas diagnosticadas como reagentes a alguma infecção sexualmente transmissível receberão recomendações e acesso a tratamento. O Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi instituído há 30 anos pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entender o que a população do Rio Grande do Sul conhece e como se comporta com relação a Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e ao HIV-Aids é a proposta da Pesquisa de Conhecimentos Atitudes e Práticas (PCAP), que começou esta semana. O trabalho nos municípios de Pelotas e Capão do Leão.

A previsão de término é no final do primeiro semestre de 2021, com divulgação dos resultados no segundo semestre de 2021. Será uma pesquisa de base populacional, com amostra representativa de 56 municípios, onde serão entrevistadas cerca de 8,2 mil pessoas.

Também chamada de Projeto Atitude, a pesquisa foi desenvolvida por meio de uma parceria entre o Hospital Moinhos de Vento, Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde (SES), com recursos do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). Além de responder a questionamentos, os participantes serão testados para HIV, sífilis e hepatites B e C.

O principal objetivo do estudo é identificar fatores comportamentais e relativos aos conhecimentos que contribuem para a manutenção de altos índices de infecção pelo HIV e outras ISTs no Rio Grande de Sul. É a primeira vez que um estudo desse tipo ocorre no Estado, sendo que com testagem juntamente das entrevistas é a primeira vez no país. Conforme os dados de 2019, o Estado se mantém em terceiro lugar no ranking nacional de casos de Aids, com 28,3 casos para 100 mil habitantes, tendo reduzido 34,6% nos últimos 10 anos. Em 2009 foram 43,3 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

No que diz respeito à mortalidade, a taxa estadual também foi reduzida em 35% nos últimos 10 anos, passando de 11,7 por 100 mil em 2008 para 7,6 por 100 mil em 2019. Essa taxa segue superior à média nacional, mas pela primeira vez saiu da primeira colocação no ranking.


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