Calor no Estado vai se intensificar no começo da semana
Em Santa Rosa, termômetros marcaram 38,7°C
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O Noroeste do Rio Grande do Sul enfrenta uma longa e intensa onda de calor. Neste sábado, a máxima na estação meteorológica do bairro Planalto, em Santa Rosa, alcançou 38,7°C. A umidade atingiu apenas 17%. Ontem, a mesma estação acusou máxima de 38,1°C. Antes, os termômetros tinham acusado 36,1ºC na quinta e 35,2°C na quarta-feira.
“Calor com essa intensidade e por tantos dias seguidos é um desastre para a agricultura local”, diz o meteorologista da MetSul Eugenio Hackbart. Ele explica que vários dias seguidos de calor extremo em meio a uma forte estiagem acabam por determinar uma perda de umidade ainda maior do solo, que já está com níveis reduzidos de água, causando um estresse maior nas plantas e perdas adicionais para as culturas de soja e milho.
No Rio Grande do Sul, 98 municípios já decretaram situação de emergência e outros 35 emitiram Notificações Preliminares de Desastre (Nopred), documento anterior à decretação.
Pancadas isoladas
A chuva permanece irregular e as pancadas de chuva no Rio Grande do Sul neste domingo e no começo da semana novamente serão bastante localizadas, afetando principalmente as metades Oeste e Norte do Estado. A MetSul alerta para o risco de granizo isolado.
No final da sexta-feira, temporal de granizo atingiu o interior de Bom Jesus. Alguns agricultores tiveram em torno de 50% das lavouras de milho e batata perdidas. O granizo atingiu também pomares de maçã.
Estiagem no Cone Sul
A mesma onda de calor que afeta o Rio Grande do Sul também castiga a Argentina, piorando a estiagem no país vizinho. Começa a faltar água na província de Buenos Aires. Na província de Córdoba, a seca já é considerada a pior em sete décadas. Devido ao calor, bombeiros têm dificuldades em controlar um grande incêndio florestal na província de Chubut.
No Uruguai, a empresa nacional de eletricidade UTE informou que a usina de Salto Grande, principal do país, está produzindo cinco vezes menos energia que o normal. O governo uruguaio não descarta ter que importar energia de países vizinhos.