Caminhada Solidária da Apae reúne centenas em Porto Alegre

Caminhada Solidária da Apae reúne centenas em Porto Alegre

Mobilização ocorreu na manhã deste domingo na Orla Moacyr Scliar

Correio do Povo

Com muita animação, centenas de pessoas fizeram o percurso de cerca de 200 metros neste domingo

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A tradicional Caminhada Solidária da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Porto Alegre (Apae-Poa) foi realizada neste domingo ensolarado na Orla Moacyr Scliar, entre a rótula da avenida Presidente João Goulart e a Usina do Gasômetro, em Porto Alegre.

Em sua 12ª edição anual, o evento reuniu centenas de pessoas entre famílias de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e múltipla, amigos, colaboradores e público em geral. 

Com muita animação, todos fizeram o percurso de cerca de 200 metros, encerrando-o ao lado da Usina do Gasômetro, onde teve até shows e brinquedos, entre outras atrações. A Banda da Brigada Militar, o 1º Batalhão de Bombeiros Militar e Companhia Especial de Busca e Salvamento estiveram também presentes para prestigiar a iniciativa. 

"Andar junto"

Camisetas alusivas ao evento estavam sendo comercializadas a R$ 25 em prol da entidade, como manutenção e ampliação das estruturas. “A caminhada traz o conceito de andar junto, de compartilhar, de agregar-se a uma causa, de solidarizar-se com a deficiência intelectual e múltipla”, sintetizou o presidente da Apae Porto Alegre, Vitor Hugo Borowski.

A entidade nasceu em 22 de agosto de 1962 e possui atualmente cerca de 410 usuários, entre educandos e assistidos, com suas famílias. “Em torno de 2 mil pessoas estão diretamente envolvidas com a causa, com o dia a dia, com os trabalhos, programas e projetos”, explicou o presidente da Apae Porto Alegre.

"Temos cerca de 6 mil doadores responsáveis pelo complemento de receita para ofertar o melhor serviço de desenvolvimento da pessoa com deficiência intelectual e múltipla", calculou, frisando que qualquer valor é bem-vindo. 

De acordo com ele, o objetivo da entidade é sobretudo dar assistência social e acolhimento. "É a preservação e articulação na defesa de direitos, propiciar a dignidade humana através dos seus direitos e desejos, inclusão, mercado de trabalho", citou.

Vitor Hugo Borowski ressaltou ainda a importância da participação na entidade por parte das famílias de crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual e múltipla. "É onde é propiciado um intercâmbio, uma troca de informações e experiências. Cada um é diferente do outro", salientou.

“Ainda existe, infelizmente, o preconceito na sociedade. A pessoa com deficiência, seja qual for, tem que ser acolhida e inclusa como qualquer ser humano. Ninguém é coitado aqui. Elas têm suas diferenças e limitações, mas têm muitas habilidades e potenciais. É isso que ter de ser explorado”, concluiu.


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