Caminhoneiros e técnicos da ANTT se reúnem para discutir frete mínimo

Caminhoneiros e técnicos da ANTT se reúnem para discutir frete mínimo

Tabela de preços pode ser adaptada por governo para unir melhores condições de trabalho sem abalo econômico

Agência Brasil

Tabela de preços pode ser adaptada por governo para unir melhores condições de trabalho sem abalo econômico

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Representantes de caminhoneiros e técnicos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estão reunidos na sede da autarquia, em Brasília, para discutir a possibilidade de ajustes na nova tabela com preço mínimo do frete para o transporte rodoviário de cargas, publicada na última quinta-feira. O próprio presidente Michel Temer anunciou, nessa quinta, que a Casa Civil e o Ministério dos Transportes estudavam "uma adaptação à tabela dos preços mínimos do frete" para que os caminhoneiros tenham condições de trabalho, sem que a economia seja abalada.

A tabela hoje em vigor é a segunda a ser publicada pelo governo federal. Com a suspensão do texto, que deve ser ainda publicada no Diário Oficial da União, voltará a vigorar a primeira versão, do dia 30 de maio. As duas tabelas são alvos de uma disputa de interesses entre caminhoneiros e representantes do setor produtivo. De um lado, donos de transportadoras rodoviárias e caminhoneiros autônomos se queixam de que os valores hoje pagos pelo frete mal cobrem os custos das viagens, com combustível, pedágio, alimentação e manutenção do veículo.

De outro lado, empresários de outros setores, principalmente do segmento agropecuário, alegam que o estabelecimento de um valor mínimo para o frete limita a concorrência e aumenta os custos de transporte de cargas. O tabelamento do frete foi uma das reivindicações de caminhoneiros atendidas pelo governo no fim do mês passado para tentar terminar com a paralisação que durou 11 dias, afetando amplos setores da economia.

De acordo com a assessoria da ANTT, a reunião de hoje não deve ser conclusiva. Os técnicos da agência receberão as contribuições dos representantes dos caminhoneiros e continuarão "aprofundando as discussões sobre a matéria" a fim de cumprir a decisão de suspender os efeitos da resolução de ontem.

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