Capina deve ser normalizada até meio do ano em Porto Alegre
Mato toma conta de praças, ruas e calçadas na Capital
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Na esquina das ruas Lobo da Costa e General Lima e Silva, por exemplo, o pergolado instalado pelo proprietário do mercado Vertente, Fábio Azevedo de Paula, com o objetivo de servir seus clientes, teve de ser retirado após solicitação da Prefeitura de Porto Alegre. No seu lugar ficou o antigo canteiro que, hoje, está com a vegetação avançando na calçada e na rua. “Há mais de um ano que não vem ninguém (realizar a capina). E ainda fica junto do esgoto. Acaba juntando um monte de bicho”, reclamou. O proprietário do estabelecimento ainda alegou que a mesma situação ocorre em diversas localidades da região. “É feio. Fica uma imagem ruim na frente do comércio”, disse.
Uma situação mais grave está na esquina das ruas Sete de Abril e Emancipação. Em ambas as vias, o mato tomou conta da calçada e do meio-fio. A situação dificulta a passagem de pedestres e até o estacionamento de veículos no local. “A última vez que cortaram esse mato foi no ano passado. Os moradores contrataram uma empresa para fazer o serviço. Não lembro de ver trabalhadores da prefeitura aqui”, relatou Fátima Silva, que é zeladora há 20 anos de um prédio próximo à esquina.
Segundo o secretário da SMSUrb, Ramiro Rosário, a capina das vias e calçadas da Capital deverá ser normalizada até o meio do ano. “A cidade ficou muito tempo sem o serviço. A empresa que prestava o serviço rompeu com a prefeitura devido às dívidas feitas pela gestão passada. Ficamos desde outubro até o início de janeiro sem o serviço”, explicou Rosário. O secretário ainda lembrou que o serviço estava sendo realizado havia anos através de contratos emergenciais e, o novo contrato, foi firmado através de licitação com condições mais voltadas à eficiência do serviço. “A prestadora deve capinar 2 mil quilômetros nos meses de verão, 1,5 mil em meses intermediários e 1 mil no inverno”, disse. Somente neste mês, foram atendidas 2.685 vias da cidade, com foco nos bairros Rubem Berta e Nonoai. As duas regiões foram atendidas com preferência por conta da quantidade de reclamações registradas através do 156.
Em relação a praças e parques, Rosário reconheceu que o serviço de limpeza nunca foi feito de forma plenamente satisfatória. Para isso, um projeto com condições diferentes do atual contrato licitado já foi encaminhado para a Central de Licitações (Celic). “O mato em praça é uma reclamação constante, principalmente no início do verão. Não tem como exigir mais equipes nos meses de verão devido às condições do contrato. Não é má vontade ou desleixo da administração. Queremos consertar essa situação”, argumentou. Hoje, no máximo 200 praças são contempladas mensalmente, levando em consideração que a Capital tem mais de 650 praças. Ou seja, a manutenção é realizada, em média, a cada três meses.