Carcaça de baleia de 30 toneladas encalha na praia de Ipanema, no Rio

Carcaça de baleia de 30 toneladas encalha na praia de Ipanema, no Rio

Animal de 13 a 15 metros de comprimento foi avistado próximo à faixa de areia

AE

Animal de 13 a 15 metros de comprimento foi avistado próximo à faixa de areia

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A carcaça de uma baleia jubarte surpreendeu banhistas na manhã desta quarta-feira na Praia de Ipanema, na zona sul do Rio. O animal, com cerca de 30 toneladas e entre 13 a 15 metros de comprimento, foi avistado já morto próximo à faixa de areia, na altura do posto 8, por volta das 8h da manhã, por bombeiros que atuam em Copacabana.

Uma equipe do Corpo de Bombeiros se dirigiu ao local para evitar acidentes decorrentes da aproximação de curiosos. Foram acionados ainda técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e do Laboratório de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Agentes da Comlurb e da Guarda Municipal também foram chamados para ajudar na remoção da carcaça do animal.

O animal era um macho em estado avançado de decomposição, por ter ficado cerca de 10 dias morto em alto mar antes de ter a carcaça carregada pela correnteza até a praia. Os técnicos chegaram a planejar que o corpo da baleia fosse removido pelo mar e levado até o porto do Rio. A Comlurb se responsabilizaria em seguida pelo transporte dos restos mortais em terra firme. Mas os agentes acharam melhor içar o animal com um guindaste pela areia da praia e levar a carcaça para descarte no aterro sanitário de Seropédica, na região metropolitana. Parte dos restos do animal ainda será analisada em laboratório para determinar as causas da morte.

Segundo Marcus Lima, presidente do Inea, o instituto já registrou aproximadamente oito casos de encalhe de baleias na costa do estado do Rio de Janeiro ao longo de 2017. Três ou quatro foram resgatadas e devolvidas ao mar, outras três já chegaram mortas à praia, e outra foi devolvida ao mar por uma equipe de resgate, mas não resistiu ao sofrimento. "Estamos avaliando o que está acontecendo de diferente que elas estão encalhando, mas talvez elas estejam apenas encalhando em praias com mais evidência e que acabam gerando mais comoção. Pela avaliação do Maqua da Uerj (Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Uerj), por enquanto está tudo dentro da normalidade", afirmou Lima.

O Inea informou que desenvolveu um protocolo em parceria com as instituições envolvidas no resgate de animais - como Capitania dos Portos, Corpo de Bombeiros e pesquisadores de universidades - para que todos possam agir com mais rapidez em casos de encalhes de baleias.

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