Casa de Bombas da zona Norte de Porto Alegre recebe dois equipamentos reformados
Associação das Empresas dos Bairros Humaitá-Navegantes investiu R$ 123 mil
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O investimento feito pela Associação vai ao encontro de uma das principais defesas da gestão do prefeito Nelson Marchezan Júnior, de que a iniciativa privada e a sociedade civil tenham maior participação em uma administração que carece de recursos financeiros. “É um exemplo de relacionamento com o setor privado sem preconceitos. A gente tem que avançar para estruturar o arcabouço jurídico de Porto Alegre para receber volumes bem maiores de recurso como negócio, onde empresas venham prestar serviços e fazer investimentos grandes na área de saneamento básico, principalemente”, afirmou o prefeito ao lembrar que 44% do esgoto da Capital não é tratado.
Ainda de acordo com Marchezan, a reforma das duas bombas da casa será responsável por quase triplicar a capacidade do local, puxando com mais força a água que entra nas casas e estabelecimentos da região. O prefeito admitiu, no entanto, que continuarão faltando investimentos que não foram feitos ao longo dos anos em galerias que têm o objetivo de juntar outras casas de bombas. “Isso é uma grande solução para a gente conseguir tirar uma parte do volume de água daqui. Se não arrumarmos mais ainda essa casa de bombas, a da Vila Farrapos e a galeria, quando chover muito ainda vai ter problema de inundação”, disse.
O presidente da AEHN, Luiz Carlos Camargo, disse que o dia foi especial, porque os alagamentos nos bairros são uma dura realidade para empresários e comunidade local. A Casa de Bombas 5, segundo ele, não passava por manutenção há anos e, agora, além da reforma de duas das bombas, passou por uma renovação das grades de contenção para aparar o lixo.
O investimento feito também contemplou a contratação de um mergulhador, responsável por limpar o poço de 2,5 metros abaixo dos equipamentos. Camargo reiterou, contudo, que os esforços não terminaram. Para isso, seria necessária uma obra de macrodrenagem em toda a cidade que chegaria a aproximadamente R$ 3 bilhões. “O que nós prevemos com essa reforma é minimizar os impactos”, salientou.