Casos de síndrome respiratória voltam a crescer no Brasil, aponta Fiocruz

Casos de síndrome respiratória voltam a crescer no Brasil, aponta Fiocruz

Porto Alegre está dentre as capitais com crescimento na tendência de longo prazo

R7

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A nova edição do Boletim InfoGripe, feito pelos pesquisadores da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na tarde desta quarta-feira, mostra que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) apresentam tendência de uma retomada de crescimento. A análise usa como base dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), até 16 de agosto. Vale ressaltar que a maioria dos casos de SRAG são de pessoas com Covid-19.

O relatório mostra que Bahia, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, de acordo com números das últimas seis semanas. Das 27 unidades federativas, somente cinco têm sinal de queda a longo prazo: Alagoas, Mato Grosso (que apresenta subnotificação de casos de SRAG no Sivep-Gripe em razão de sistema próprio de registro), Paraíba, Roraima e Tocantins. Na Paraíba é observado um sinal de crescimento na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas), indicando possível interrupção na tendência queda, sinal que também está presente em outros 10 estados.

Entre as capitais, seis mostram crescimento na tendência, Curitiba (SC), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). Em oito delas, foi observado sinal de queda na tendência de longo prazo: Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL) e Palmas (TO). Na tendência de curto prazo, apresentam crescimento Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Natal (RN), Porto Velho (RO) e Teresina (PI).

O estudo ainda mostra que a transmissão comunitária dá sinais claros de interrupção de queda e princípio de crescimento em diversos locais, mas os valores semanais continuam elevados. Todos os estados apresentam macrorregiões em nível alto ou superior, sendo que nove estados e o Distrito Federal contam com macrorregiões em nível extremamente elevado.

O pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe, alerta que essa alta indica uma atenção especial ao relaxamento das medidas de distanciamento, enquanto a tendência de queda não tiver sido mantida por tempo suficiente para que o número de novos casos atinja valores significativamente baixos.  “Isso evidencia a necessidade de manutenção de medidas de mitigação da transmissão e proteção à vida”, disse Gomes. 


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