CEEE vai tomar medidas duras e drásticas, garante presidente
Estatal gaúcha pode perder concessão com fim de contrato neste ano
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As medidas a serem tomadas, como corte de gastos e venda de ativos, visam ajustar a CEEE em nível nacional. Segundo o presidente, o contrato de concessão de 39 distribuidoras encerra no final do ano, incluindo o da companhia. Todas precisam apresentar indicadores de desempenho. Os da estatal gaúcha são dois: o primeiro de interrupção de energia e frequência das interrupções; e o outro de resultado econômico-financeiro.
Machado afirmou que após o processo das privatizações, a CEEE não conseguiu se ajustar em nível de despesas operacionais “àquilo que a Aneel exige e àquilo que uma empresa saudável precisa”. Algumas das medidas já foram tomadas, de acordo com o presidente. “Já conseguimos fazer os indicadores técnicos declinarem, liberamos recursos para modernizando as redes. Investimos em religadores automáticos, para o consumidor ter o pronto reestabelecimento da energia, e já centralizamos custos. Agora temos um comitê de racionalização de gastos”. Segundo o presidente, o investimento é fundamental, mas como há uma restrição orçamentários, é preciso estabelecer prioridades.
O presidente acredita que é possível recuperar a empresa. Segundo um decreto do governo federal, que impõe à empresa um período de cinco anos para alcançar determinados indicadores e se não o fizer por dois anos seguidos, perde o direito de manter a atividade, a CEEE terá até 2017 para mostrar eficiência. “O que não significa dizer que a companhia vai poder operar até lá. Quanto mais cedo iniciarmos este processo de readequações, mais folga teremos para chegar em 2017 e apresentarmos estes resultados”, disse.