Centenas acompanham missa em homenagem às vítimas de massacre
Ato ecumênico ocorre em praça próximo à escola no Rio
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O hino nacional tocado pela banda da Polícia Militar deu início às homenagens. O ator Milton Gonçalves fez um discurso sobre as vítimas, antes do arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani João Tempesta, iniciar o ato ecumênico. A chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, compareceu à cerimônia.
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A missa acontece na rua General Bernardino de Matos, local próximo à escola. Segundo a Arquidiocese do Rio de Janeiro, a celebração seria realizada no pátio do colégio, porém, devido ao grande número de pessoas que deseja participar do ato ecumênico, a missa foi transferida para um lugar maior. A movimentação de pessoas interessadas em participar do evento é grande desde o início da manhã.
Entenda o caso
Por volta das 8h da última quinta-feira, Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, entrou no colégio após ser reconhecido por uma professora e dizer que faria uma palestra (a escola completava 40 anos e realizava uma série de eventos comemorativos).
Armado com dois revólveres de calibres 32 e 38, ele invadiu duas salas e fez vários disparos contra estudantes que assistiam às aulas. Ao menos 12 morreram e outros 12 ficaram feridos, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde.
Dois adolescentes conseguiram fugir e correram em busca de socorro. Na rua Piraquara, a 160 m da escola, elas foram amparadas por um bombeiro. O sargento Márcio Alexandre Alves, de 38 anos, lotado no Batalhão de Polícia de Trânsito Rodoviário, seguiu rapidamente para a escola e atirou contra a barriga do criminoso, após ter a arma apontada para si. Ao cair na escada, o jovem se matou atirando contra a própria cabeça.
Com ele, havia uma carta em que anunciava que cometeria o suicídio. O ex-aluno fazia referência a questões de natureza religiosa, pedia para ser colocado em um lençol branco na hora do sepultamento, queria ser enterrado ao lado da sepultura da mãe e ainda pedia perdão a Deus.
Os corpos dos estudantes e do atirador foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), no Centro do Rio de Janeiro, para serem reconhecidos pelas famílias. Onze estudantes foram enterrados na sexta-feira e uma foi cremada na manhã de sábado.
O corpo do atirador permanece no IML. Ele ficará no local por até 15 dias aguardando reconhecimento por parte de um familiar e liberação para enterro. Caso isso não ocorra, o homem pode ser enterrado como indigente a partir do dia 23 de abril.
As informações são do portal R7