Centrais sindicais protestam contra Reforma Trabalhista com ato simbólico

Centrais sindicais protestam contra Reforma Trabalhista com ato simbólico

Ato marcou Dia Nacional da Luta nesta sexta-feira em Porto Alegre

Jessica Hübler e Heron Vidal

Diversas centrais sindicais realizaram ato simbólico nesta sexta-feira no Centro de Porto Alegre

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Diversas centrais sindicais, incluindo CUT-RS, CTB, CSB, Força Sindical, Intersindical, Adufrgs Sindical, Fessergs, Cpers e o Simpa, realizaram na tarde desta sexta-feira um abraço simbólico ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4), na avenida Praia de Belas, em Porto Alegre, e depois seguiram em caminhada pela via em direção ao centro da Capital, quando um ato final marcou o Dia Nacional de Luta contra as Reformas Trabalhista e da Previdencia. Durante a marcha, as centrais sindicais convocaram nova greve geral e afirmaram que será maior que aquela realizada dia 28 de abril. Ainda não há data definida para a paralisação.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Brigada Militar disseram que cerca de 3 mil pessoas participaram da caminhada. Conforme o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo, as mobilizações aconteceram em diversas capitais do Brasil e devem ocorrer mais vezes até que a Reforma Trabalhista seja derrubada e que a Previdencia seja rejeitada. Segundo Nespolo, o acesso à Justiça do Trabalho ficará “bem mais complicado”.

A marcha das centrais sindicais iniciou-se às 17h25min, quando o grupo saiu da sede do TRT4 e seguiu pela avenida Praia de Belas, em direção à Esquina Democrática. Em cerca de 50 minutos, os manifestantes percorreram a avenida, ingressaram na avenida Borges de Medeiros e chegaram à Esquina Democrática.

Segundo a coordenadora da Intersindical, Neiva Lazzarotto, mesmo que o protesto atrapalhe, de certa forma, o trânsito da cidade, é preciso continuar lutando. “Não vamos aceitar esta retirada de direitos”, destacou.

Parlamentares serão marcados

Em todos os dias 11 de cada mês, até as eleições de 2018, os deputados gaúchos que votaram a favor da Reforma Trabalhista serão lembrados em manifestações, atos e ações em cidades e locais diversos do Rio Grande do Sul. “Isso será feito com cartazes, fotos, lista dos nomes e discursos”, anunciou Claudir Nespolo, no microfone do carro som, durante ato.O mesmo procedimento será feito em relação os deputados estaduais defensores de medidas contra trabalhadores, acrescentou.

Na manifestação destacaram-se bandeiras das centrais e entidades de trabalhadores e não de partidos políticos. Conforme o presidente da CTB RS, Guiomar Vidor, o movimento sindical não aceitará cláusulas da Reforma Trabalhista acima da Constituição, como a quitação anual: o empregado assinará documento concordando que está “tudo OK com o seu contrato”. Vidor convocou a população para resistir. Serão movidas ações judiciais.

Marcaram os discursos o bordão “Fora Temer, Fora Sartori e Fora Marchezan”, gritado pelos mais de 5 mil manifestantes. O ajuste fiscal do Estado e do governo federal foram também criticados nos pronunciamentos dos líderes sindicais.


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