Centrais sindicais realizam ato no Dia do Trabalhador em Porto Alegre
Manifestação teve discursos contra as reformas trabalhista e previdenciária
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O presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, resumiu a data como de poucas comemorações, mas principalmente como um momento de resistência contra os ‘ataques aos direitos’. “Não estamos celebrando nada. Estamos denunciando a gravidade do que está ocorrendo no nosso país. Além da retirada de direitos, o governo está promovendo o saque do país, como a liberação da compra de terras por estrangeiros”, citou.
Entre as manifestações, ganhou destaque o resultado da greve geral realizada na sexta-feira passada, dia 28 de abril. “Fizemos uma unidade da classe com essa greve. Precisamos continuar marchando. E se precisar faremos outra greve geral”, sentenciou. Na ocasião foram feitas várias referências ao centenário da primeira greve geral do país, que ocorreu em 1917. “Na época a greve foi para conquistar direito, agora estavamos fazendo greve para assegurar direitos”, finalizou.
Nas manifestações também foram feitas críticas às mudanças propostas pelo governo federal em relação a CLT. Segundo Nespolo, apesar de a CLT ser antiga, ela já passou por diversas atualizações ao longo dos anos. Rejeitou ainda o argumento do governo federal em relação à Previdência, uma vez que o déficit anunciado não existiria.
Um dos ícones do ato foi o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra. Além de ser abordado por pessoas de todas as idades, principalmente para o registro fotográfico, Dutra discursou sobre a importância da data. Disse que esse dia não foi resultado de um benefício concedido por alguém, mas que representa a luta por condições dignas de trabalho, reconhecimento de leis e de direitos sociais.
“O trabalho e os trabalhadores são os que produzem efetivamente a riqueza dos países. E precisam ser protagonistas”, afirmou. Outras lideranças políticas também estiveram presentes, como o ex-ministro Miguel Rossetto e o ex-prefeito de Porto Alegre, Raul Pont.