Centro Comercial Nova Olaria, na Cidade Baixa, será revitalizado a partir de 2022

Centro Comercial Nova Olaria, na Cidade Baixa, será revitalizado a partir de 2022

Entre as novidades estão duas torres que serão construídas, uma residencial e outra para flats

Correio do Povo

Entre as novidades estão duas torres que serão construídas, uma residencial e outra para flats

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Um dos pontos mais tradicionais da cultura porto-alegrense, o Centro Comercial Nova Olaria, no bairro Cidade Baixa, passará
por um processo de revitalização. A Dallasanta, empresa proprietária do espaço, pretende reformar o local e o entorno a partir de 2022. Entre as novidades estão duas torres que serão construídas, uma residencial, onde atualmente fica o estacionamento, e a outra, programada para abrigar flats, na área em que ficava a Faculdade de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Fadergs).

O projeto, que prevê ainda três salas de cinema e loja no Cine Guion, além de ampliação da fachada do centro comercial e
aumento do espaço para comércio, tramita na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade (Smamus).

O proprietário da Livraria Bamboletras, Milton Ribeiro, teve uma reunião com os empresários da Dallasanta, empresa fundada em 2001 e dona do Cine Avenida, do Hospital Humaniza e do Edifício Guaspari e administradora do Paseo Zona Sul e do Trend Orla, em Porto Alegre. Na ocasião, foi informado acerca de algumas mudanças. “O piso do corredor central do Nova Olaria ficará na altura das lojas, para garantir a acessibilidade, e o teto será reformado. O teto estava precisando mesmo, pois o estado dele é lastimável”, afirmou.

Saída temporária da Olaria preocupa dono de livraria

Com as obras previstas para começarem no próximo ano, os estabelecimentos precisarão deixar o local enquanto durar a reforma. “Mostraram uma pesquisa em que a Bamboletras aparece como a mais importante loja do Nova Olaria”, diz Ribeiro. “A livraria é, conforme esse levantamento, quem mais leva público ao Nova Olaria. Seríamos a principal referência do local e os proprietários esperam que retornemos ao espaço depois da remodelação do centro comercial”, acrescentou o livreiro.

O problema é onde funcionar e como se manter fora do Nova Olaria durante este período. “Não tenho nada ainda definido, mas pretendo ver um local depois do Natal, que é um mês que vendemos muitos livros e espero estar ainda aqui. Penso em ficar
na Cidade Baixa, na rua da República ou na Lima e Silva”, antecipa. “A gente vem de uma pandemia. De março até agosto
de 2020 faturamos apenas 25% e quase fechamos. Foi um período duríssimo. Tivemos que vender por tele-entrega e, quando fiquei sabendo dessas reformas, pensei que o apocalipse tinha chegado. É muito azar passar por isso após uma pandemia”, lamentou.

Os apreciadores dos livros e da própria livraria não devem se preocupar em relação ao futuro. “É impossível fechar a Bamboletras. Ficar sem trabalhar seria o fim da livraria”, observa o proprietário.

O Cine Guion, outra referência cultural da galeria, fechou as portas no dia 4 de setembro. O proprietário Carlos Schmidt, que comandou o cinema por 26 anos, será substituído por um novo operador para as salas. A ideia da Dallasanta é manter a
função de cinema naquele espaço. “Em breve, a empresa divulgará o projeto idealizado para o espaço para que comerciantes,
comunidade e a cidade ganhem ainda mais opções de cultura”, revelou a proprietária.


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