Centro de Porto Alegre tem mutirão por reconhecimento de paternidade

Centro de Porto Alegre tem mutirão por reconhecimento de paternidade

Ação alusiva ao Dia dos Pais vai esclarecer dúvidas sobre burocracia e exames de identificação

Rádio Guaíba

Ação alusiva ao Dia dos Pais vai esclarecer dúvidas sobre burocracia e exames de identificação no Glênio Peres

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A Defensoria Pública Estadual promove, em 17 de agosto, um mutirão de orientação jurídica e educação em direitos alusivo ao Dia dos Pais, em Porto Alegre. Além de orientação jurídica, dúvidas serão esclarecidas a respeito da regularização do nome do pai no registro de nascimento, foco do projeto Pai? Presente!. O mutirão vai se estender das 13h30min às 16h30min, no Largo Glênio Peres.

A ideia da iniciativa é de que mães que tenham feito o registro da criança sem o nome do pai busquem auxílio jurídico para que a Defensoria Pública possa encaminhar as medidas para o reconhecimento da paternidade, de acordo com a defensora Patrícia Pithan Fan. “Quando o pai ou suposto pai espontaneamente não deseja esse vínculo, a mãe nos indica o endereço e podemos buscar fazer o reconhecimento compulsório, sem a vontade dele”, aponta.

Conforme o artigo 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é dever da família, da comunidade, da sociedade e do Estado assegurar os direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação e à educação, entre outros. Na prática, aos pais que não reconhecem o bebê, não há qualquer sanção. Aos responsáveis ausentes, recai como única penalidade o pagamento de pensão alimentícia. “O fato é muito maior por contas dos efeitos psicossociais sobre o ser humano em relação à verdade ideológica. Todos nós temos necessidade de conhecer essa nossa verdade por conta da necessidade de pertencimento à família. A criança que não tem esse registro perde essa oportunidade”, salienta a defensora pública.

Desde o início do projeto, em 2012, 6,5 mil testes de DNA foram realizados no âmbito do projeto da Defensoria Pública. Conforme o último levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Brasil conta com 5,5 milhões de crianças sem registro do nome do pai na certidão de nascimento.

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