Cerca de 250 mil servidores públicos voltarão ao trabalho na próxima segunda

Cerca de 250 mil servidores públicos voltarão ao trabalho na próxima segunda

Entre as categorias que decidiram encerrar a greve estão funcionários dos ministérios da Saúde, Cultura, Fazenda e do Planejamento

Agência Brasil

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Servidores ligados à Confederação dos Trabalhadores no Serviço Publico Federal (Condsef) decidiram, nesta terça-feira encerrar a greve que já durava cerca de dois meses. A decisão, tomada em plenária nacional realizada em Brasília, vale para 18 categorias ligadas à entidade e que negociaram de forma unificada, segundo o secretário-geral Josemilton da Costa. COm isso, cerca de 250 mil servidores devem voltar ao trabalho na próxima segunda-feira, dia 3 de setembro.

Entre as categorias que decidiram dar fim à greve estão servidores dos ministérios da Saúde, Cultura, Fazenda e do Planejamento, além de autarquias e fundações públicas, como a Fundação Nacional do Índio (Funai). Os associados da confederação somam cerca de 800 mil, entre trabalhadores ativos, pensionistas e aposentados. Ao todo, a Condsef representa 80% dos servidores ativos do Executivo, mas algumas categorias estão negociando separadamente, a exemplo da formada por servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Segundo o secretário-geral da entidade, Josemilton Costa, nos próximos dias serão realizadas assembleias estaduais para reportar a decisão aos integrantes do movimento, que ele avaliou como positivo. Costa disse que o fim da greve não encerra a mobilização das categorias. "Os setores deliberaram pela assinatura do acordo, mas isso não significa que a mobilização vai parar. Vamos continuar em busca da equalização salarial. A proposta (do governo) ficou distante da nossa pauta, mas temos maturidade para entender que saímos do zero. O espírito da categoria é vitória, mas não vamos parar nossas lutas", disse ao fim da plenária.

Ainda de acordo com o secretário-geral da Condsef, o governo sinalizou que assim que as categorias assinarem o acordo serão abertas imediatamente as negociações para efetuar a reposição e o pagamento dos dias parados. “A primeira metade seria paga em 5 de setembro, em folha suplementar. O restante será definido nas negociações, se em outubro ou novembro. Nós queremos que os 100% sejam pagos em setembro, mas se não for possível, vamos reivindicar que (os outros 50%) sejam (pagos) em outubro”, disse.

Outras categorias que integram a base do Condsef, mas estão negociando separadamente com o governo, informaram à confederação que também vão aceitar a proposta e assinar o acordo. Entre elas estão os servidores do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) e das carreiras ambientais, que incluem o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério do Meio Ambiente e Instituto Chico Mendes.

Já os servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) decidiram ontem (27) manter a paralisação, conforme informou o diretor da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi), Reginaldo Aguiar. Segundo ele, a entidade aguarda nova negociação com o Ministério do Planejamento. “Enquanto isso, a greve, que começou em 18 de junho, está mantida em 28 das 30 superintendências do órgão no país”, disse, acrescentando que o Incra tem 5.500 servidores ativos.

Os policiais federais decidiram, nessa segunda, também manter a mobilização. O Ministério do Planejamento reafirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as negociações de reajuste salarial para 2013 já estão encerradas e que os sindicatos têm até hoje para comunicar ao governo a decisão das bases. Os que não assinarem acordo não terão aumento no ano que vem.


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