Cettraliq pede prorrogação de prazo para retirada de efluentes de planta da empresa de Porto Alegre

Cettraliq pede prorrogação de prazo para retirada de efluentes de planta da empresa de Porto Alegre

Empresa ganhou 50 dias para realizar o serviço

Bibiana Dihl / Rádio Guaíba

Cettraliq pede prorrogação de prazo para retirada de efluentes na água de Porto Alegre

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Com o prazo para retirar os resíduos da sede da empresa encerrando nesta quinta-feira, a Cettraliq, apontada como responsável pela alteração do gosto e cheiro da água de Porto Alegre, solicitou à Justiça prorrogação de prazo. O período começou a contar em 5 de outubro, e a empresa ganhou prazo de 50 dias para realizar o serviço.

A Cettraliq sustentou a necessidade de respeitar procedimentos técnicos e burocráticos para a segurança do esvaziamento da planta. De acordo com a empresa, isso gerou demora em iniciar o procedimento no período estipulado. Foi contratada uma empresa de Santa Catarina, a Essencis, para receber e tratar os efluentes que permaneciam armazenados na sede da empresa, na zona Norte da Capital. A retirada do material só começou em dia 16 de novembro e, conforme a empresa, deve levar cerca de 50 dias. Até agora, foram removidos cerca de 20% dos 2,6 mil metros cúbicos de efluentes.

As atividades da empresa foram suspensas pela Fepam em 10 de agosto. A empresa, no entanto, sustenta não haver provas de que seja responsável pela emissão de odores fora dos limites. A Cettraliq fala que a Fepam havia indicado um local para receber os efluentes, mas que houve demora para autorizar o procedimento. Assim, a empresa preferiu buscar uma solução fora do Rio Grande do Sul.

A multa estipulada pela Justiça era de R$ 200 mil diários, em caso de descumprimento do prazo. Como solicitou novo plano de remoção com extensão do prazo, a Cettraliq espera que o pagamento de multa seja evitado. A Justiça deve se manifestar sobre a extensão do prazo nos próximos dias.

Após 7 mil amostras de água terem sido analisadas e dois laboratórios referenciais na área terem sido contratados, o Dmae manteve a tese de que o problema se deu por conta da atividade da Cettraliq. Conforme o Departamento, o problema da água com cheiro e gosto em Porto Alegre foi encerrado a partir do momento em que foram suspensas as atividades da empresa.

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