CFM alerta para crise iminente nos planos de saúde

CFM alerta para crise iminente nos planos de saúde

Presidente da entidade afirma que médicos estão se descredenciando por conta de abusos

Agência Brasil

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O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Avila, aproveitou o Dia do Médico para fazer um alerta. Ele afirmou, nesta quinta-feira, que o Brasil está prestes a viver uma crise no sistema de saúde suplementar. “Os médicos estão se descredenciando das operadoras [de plano de saúde]. Daqui a pouco vai ter mais gente comprando plano de saúde e menos médicos querendo trabalhar com operadoras porque não nos respeitam. É um jogo burro”, avaliou.

D'Avila diz que os médicos não querem mais trabalhar por cerca de R$ 40 por consulta, segundo ele o que vem sendo pago pelos planos de saúde. Segundo ele, além disso ocorrem “interferências antiéticas” dos planos na relação médico-paciente.

O presidente citou que “existem médicos que estão com limitação de pedir exames". "Muitas vezes, você tem que seguir regras, protocolos e diretrizes, que eles estabelecem e existe limitação de autonomia profissional”, argumenta.

Os embates existentes entre médicos e planos de saúde foram motivo de atos públicos feitos pelos profissionais contra o que eles chamam de “abusos praticados pelas empresas da saúde suplementar”. De acordo com o CFM, os médicos de 21 estados confirmaram este mês a suspensão dos atendimentos de consultas, exames e outros procedimentos eletivos por planos de saúde como forma de protesto.

"Eu vejo a possibilidade de um caos muito breve na saúde suplementar. Elas [operadoras de planos de saúde] se recusam sequer a conversar conosco. Agora são 15 dias de paralisação de atendimento. Já houve várias paralisações de um dia", explicou D'Avila.



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