Chuva alaga ruas e causa transtornos no trânsito de Porto Alegre nesta terça
Até o começo do tarde a precipitação havia atingido 50mm, cerca de 40% da média histórica do mês
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Com a falta do transporte, muitos optaram pelo uso do automóvel e, com isso, as ruas e avenidas ficaram mais movimentadas do que o habitual. De acordo com a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), em Porto Alegre, foram mais de 15 pontos de alagamento, o que gerou fluxo lento e muita impaciência por parte dos motoristas, em todas as regiões da cidade. Houve registro de água na pista na avenida Assis Brasil com a Emílio Lúcio Esteves (Centro/bairro), na A. J. Renner com a Lauro Müller e com a Farrapos, Pernambuco com a Dona Margarida, Luís Englert com a Sarmento Leite, na Ipiranga, sentido bairro/Centro, no cruzamento com a Joaquim Porto Vilanova, nas duas faixas da esquerda.
Na zona Leste da Capital houve a mesma situação, como na Terceira Perimetral, entre a Anita Garibaldi e Campos Sáles, sentido sul/norte. Os semáforos, em alguns pontos, também ficaram fora de operação, como na rua Dom Pedro II na esquina com a Marquês do Pombal e na avenida João Goulart na rotatória com a Loureiro da Silva.
40% da chuva do mês
Segundo o titular da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), Ramiro Rosário, o volume de chuva na capital, de segunda-feira até às 13h desta terça foi de 50mm, sendo que a chuva esperada para o mês, conforme média histórica, é de 132 milímetros. "Tivemos diversos pontos de alagamento, mas não tivemos nenhum registro de cheia ou até acúmulo de água mais grave. Nossas equipes estiveram em alerta e mantivemos contato direto com as associações Vila Farrapos e Santa Maria Gorete, principalmente."
Drenagem
De acordo com Rosário, para realizar todas as intervenções necessárias na capital seriam necessários R$ 3 bilhões. "Porto Alegre tem déficit histórico de drenagem urbana e o valor para mudar esse cenário é elevado. Dificilmente o poder público terá isso, sem contar que é um conjunto de obras. Demoraria anos para que elas pudessem ser feitas e paralisariam a cidade", explica. Junto com isso, há os problemas de manutenção das bombas. "Elas eram o símbolo do abandono. Antes as 21 casas que temos tinha 40% de vazão, hoje o número dobrou, está em 80%. Isso significa proteção contra as cheias", expressa.
"Os colaboradores atuam no dia a dia em diversas frentes. Fazemos a desobstrução com caminhões de hidrojateamento. Normalmente as redes estão bloqueadas por lixo e terra. O descarte irregular provoca a formação de buchas que impedem a vazão da água." Diante do cenário apresentado é fundamental a consciência da comunidade.
Chuva pelo Estado
A MetSul Meteorologia informou que em algumas regiões, como Santa Maria, Santiago e no Centro-Serra, houve registro de granizo, mas nenhum estrago de grandes proporções informado até o momento. Para hoje a previsão é de que ainda poderá ocorrer chuva durante a madrugada, mas depois o dia será de calor.