Ciclismo ganha cada vez mais adeptos em Porto Alegre

Ciclismo ganha cada vez mais adeptos em Porto Alegre

Bicicleta é mais utilizada para lazer, mas muitos se deslocam ao trabalho

karina Reif / Correio do Povo

Bicicleta ainda é mais utilizada para o lazer na Capital

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O presidente da Associação de Ciclismo de Porto Alegre, advogado Pablo Weiss, acredita que só com mais opções de transporte será possível reduzir o número de carros na cidade. Entre as alternativas está a bicicleta, muito popular em vários países da Europa. Em Porto Alegre, apesar de ser mais utilizada para o lazer, há quem opte por ela para se deslocar pelas ruas. Para ele, é possível estimular o uso desse veículo com mais educação.

O advogado disse que vai ao trabalho pedalando ao menos duas vezes por semana. “Saio do bairro Bela Vista e vou até a avenida Getúlio Vargas”, contou. O percurso leva em média 10 minutos, enquanto de carro o trajeto dura mais de 50 minutos, por conta do congestionamento.

“Toda pessoa que tem bicicleta já pensou em usá-la para ir ao trabalho e conhece as vantagens”, salientou. Porém, algumas dificuldades impedem que isso ocorra com mais frequência. Um dos maiores entraves é trafegar entre os carros. Na opinião de Weiss, isso ocorre por falta de informação. “Temos motoristas que acreditam que só podem andar na calçada ou ciclovia. Falta conhecimento da legislação”, disse.

Para ele, deveria existir rede cicloviária eficiente, porque quem está habituado consegue lidar com o trânsito, mas muitos têm vontade de usar e ficam com medo. Outro fator importante é a presença de bicicletário. “Quais são os órgãos públicos que têm um local seguro para deixar a bicicleta?”, questionou. O advogado lembrou que o ciclista sente falta também de vestiários nos locais de trabalho para fazer a higiene e trocar de roupa quando utiliza a bicicleta.

Porto Alegre, segundo a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), tem 17,5 quilômetros de ciclovias em diversos pontos. A previsão é chegar a 50 quilômetros até 2014. Aos domingos corredores de ônibus são fechados para lazer, e assim aumenta o uso da bicicleta.

Estímulo ao transporte hidroviário

Desde o começo das operações do catamarã entre Porto Alegre e Guaíba, estima-se que aproximadamente 20 mil veículos que viriam para a Capital, da região Metropolitana e vice-versa, deixam de circular mensalmente. A média diária de passageiros é de 2,4 mil de segunda a sexta-feira. Nos finais de semana de sol, o volume chega a 4 mil ao dia.

O plano agora é fazer linhas até a zona Sul da Capital. Além disso, a previsão é de que haja um trecho até a Ilha da Pintada. Como o rodoviário está saturado, a Metroplan aposta no transporte hidroviário para reduzir o número de carros e, com isso, minimizar os acidentes nas estradas e nas cidades. “Esse meio é ambientalmente de baixa poluição e ajuda a esvaziar as vias”, ressaltou o superintendente da Metroplan, Oscar Escher.

Além disso, assegura que o itinerário é encurtado, se feito pela água. “Valoriza o tempo das pessoas, e elas ficam menos sujeitas a acidentes”, comentou. Diversas prefeituras, como a de Eldorado do Sul, Gravataí, Esteio, Cachoeirinha e Triunfo, solicitaram à Metroplan estudos para utilizar o transporte fluvial. Segundo ele, a natureza privilegiou os gaúchos, e ela deve ser utilizada como alternativa.

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