Ciclistas fazem manifestação contra a violência

Ciclistas fazem manifestação contra a violência

Grupo propôs fechamento da Avenida Beira-Rio diariamente, das 4h às 6h

Cláudio Isaías

Grupo fez manifestação por mais segurança para ciclistas em Porto Alegre

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Um grupo de 100 ciclistas e entidades vinculadas ao esporte realizaram no sábado a manifestação “Chega de Violência! Segurança no Lazer e no Esporte”. O protesto começou no viaduto Abdias do Nascimento, na orla do Guaíba, e seguiu até a rua Nestor Ludwig, nas proximidades do estádio Beira-Rio. Neste local, no dia 25 de outubro, o ciclista Matheus Kowalski pedalava pela avenida Edvaldo Pereira Paiva, quando foi atingido por um veículo Fox vermelho. 

Após mais de uma semana hospitalizado, o fisioterapeuta recebeu alta no dia 3 de novembro. Ele participou do ato e carregava a faixa “Chega de violência. Queremos segurança no lazer e no esporte” ao lado do candidato a prefeitura José Fortunati. A professora de Educação Física Ana Paula Koetz, uma das organizadoras da manifestação, disse que quem treina ciclismo necessita da via pública: “Queremos horários para que a avenida Edvaldo Pereira Paiva, fique fechada durante a semana das 4h às 6h, para o treinamento dos atletas do ciclismo, triatlo e de corrida”, ressaltou. 

Segundo ela, não é um horário que vai atrapalhar a circulação em Porto Alegre e os atletas vão conseguir praticar o esporte de maneira segura. Conforme Ana Paula, o protesto quis chamar a atenção da sociedade para a conscientização do motorista quanto à importância do respeito ao público em geral e a todos que estão nas ruas de Porto Alegre, utilizando as bicicletas como meio de transporte, recreação ou treinamento. "Os motoristas precisam se conscientizar de que é necessário manter uma distância de quem está praticando o seu lazer ou esporte", acrescentou. 

Ana Paula ressaltou que os ciclistas querem uma resposta das autoridades policiais de como estão as investigações sobre o atropelamento de Matheus. “É fundamental acharem o carro e o motorista do Fox vermelho para que o caso não caia no esquecimento e o infrator fique impune”, destacou. 

A empresária Luciene Fortunati Muniz, que começou a pedalar há poucos meses, pediu segurança para que os ciclistas possam treinar com tranquilidade. “Quem anda na rua sente a insegurança pelo fato dos motoristas não respeitarem quem anda de bicicleta”, acrescentou. 

A professora de Educação Física afirmou que a suspeita dos ciclistas é de que a pessoa que atropelou Matheus Kowalski seja a mesma que conduzia um Voyage branco. “O Voyage foi apreendido e o condutor teve a carteira de habilitação cassada. No entanto, ele foi liberado pela polícia com o argumento de que não oferecia risco. Porém, ele como é um infrator pode muito bem pegar um carro emprestado e voltar a cometer os atropelamentos. Quem viu o acidente disse que o carro foi pra cima do Matheus”, ressaltou. 

Polícia investiga caso

A Divisão de Delitos de Trânsito do Departamento de Homicídios segue com as investigações. Os policiais civis verificaram as imagens de câmeras cedidas pela Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC). No entanto, ela não ajudaram na identificação do veículo. A Polícia Civil trabalha na localização de outras imagens da região que possam ajudar na resolução do caso. 


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