Ciclovia com espaço compartilhado gera críticas de usuários em Porto Alegre

Ciclovia com espaço compartilhado gera críticas de usuários em Porto Alegre

Faixa na zona Norte da Capital teve espaço reduzido devido a invasões<br />

Eduardo Paganella / Rádio Guaíba

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O novo trecho destinado a ciclistas na rua Dona Alzira, na zona Norte de Porto Alegre, provoca incômodo a ciclistas que percorrem ao local. O espaço é destinado à circulação de pedestres e de bicicletas de forma simultânea. O trecho tem 700 metros de extensão e apenas dois de largura entre o espaço para carros e residências.

De acordo com o ciclista Marcelo Kalil, o espaço não cumpre o Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre e tanto os moradores quanto os ciclistas correm risco de se acidentarem por conta do espaço e dos problemas de infraestrutura. “É um risco muito grande para quem está pedalando e para quem mora ali. Tem muitas crianças e animaisi na região e a porta das casas já dá direto na área compartilhada. Além disso, o trecho recém foi concluído e já apresenta buracos. Então há um risco de acidentes bem graves naquela região”, salientou.

O engenheiro responsável pela obra, Antônio Vigna, admite que o local é um locasl é compartilhado entre ciclistas e pedestres e salientou que no projeto inicial, havia espaço adequado para ciclistas e bicicletas, mas uma ocupação no trecho diminuiu o espaço dos pedestres, que acabaram se obrigando a usá-lo para o fluxo de bicicletas.

“O que ocorre é que, no primeiro momento, a cocliovia seria compartilhado, mas com mais espaço. No entanto, ao longo da obra, foram ocorrendo invasões na região e o trecho que seria dos pedestres foi invadido, ficando apenas um espaço de dois metros. Com isso, as pessoas que passam por ali utilizam um espaço que era destinado para as bicicletas”, disse Vigna, que destacou que o problema da ocupação transcende a esfera cicloviária.

O trecho é parte Plano Diretor Cicloviário de Porto Alegre, e vai ligar a avenida Sertório ao Aeroporto Salgado Filho. O Departamento Municipal de Habitação (Demhab) já foi consultado sobre a ocupação irregular e ficou de emitir posição à reportagem.

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