Cientistas belgas e cubanos detectam perigosa cepa do HIV

Cientistas belgas e cubanos detectam perigosa cepa do HIV

Nova variedade do vírus pode levar à Aids em menos de três anos

AFP

Nova cepa do HIV aumenta risco de pacientes adoecerem mesmo antes de saber que estão infectados

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Uma equipe de cientistas belgas e cubanos detectou na ilha uma nova cepa do vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV), que desenvolve a Aids com mais rapidez do que os outros subtipos identificados até agora. A descoberta foi feita por cientistas do Instituto de Medicina Tropical (IPK) de Havana e duas universidades da Bélgica.

"O estudo mostra pela primeira vez a associação de uma variedade do HIV que circula em Cuba, denominada CRF19, com a rápida progressão para a Aids", declarou à TV a virologista do IPK Vivian Kourí, que participou da pesquisa. Ele disse que a nova variedade do vírus que pode levar à Aids "em menos de três anos" – o comum é que isto ocorra entre oito e 10 anos –, é "a terceira em frequência" no seu país e afeta "entre 17% e 20%" dos infectados.

A TV destacou que "a rápida progressão para a Aids da nova cepa aumenta o risco de os pacientes adoecerem mesmo antes de saber que estão infectados". No entanto, Kourí explicou que nenhum dos infectados com a cepa CRF19 apresentou "uma resistência maior" ao tratamento com medicamentos retrovirais e que têm "a mesma possibilidade de que esta terapia "seja eficaz".

Em Cuba, com uma população de 11,1 milhões de pessoas, foram diagnosticados como soropositivas quase 22 mil pessoas desde que se reportou o primeiro caso de Aids em 1986 e "mais de 18 mil ainda vivem", segundo a TV local.

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