Clube Farrapos parcela dívida e evita leilão da sede em Porto Alegre

Clube Farrapos parcela dívida e evita leilão da sede em Porto Alegre

Avaliado em R$ 91 milhões, o terreno tem 8,5 hectares e está localizado em uma área valorizada da cidade

Felipe Samuel

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Uma dívida de quase R$ 2 milhão quase levou a leilão a sede do Clube Farrapos, localizado na avenida Cristiano Fischer, no Jardim do Salso. Com a pandemia do novo coronavírus, a instituição fechou a sede e cancelou os eventos que ajudam a manter as despesas em dia. Sem recursos, passou a acumular prejuízos. Na corrida para evitar a perda da sede, a direção conseguiu parcelar o valor da dívida com a União e impedir o leilão que estava programado para o próximo dia 12.

A execução da dívida - cuja origem é previdenciária - colocou em risco o patrimônio do clube fundado em 29 de março de 1944 por um grupo de oficiais da Brigada Militar. Avaliado em R$ 91 milhões, o terreno tem 8,5 hectares e está localizado em uma área valorizada da cidade. Segundo o presidente da instituição, José Roberto Rodrigues, o clube está fechado há mais de um ano. Ele explica que a receita proveniente dos 348 sócios é insuficiente para cobrir os gastos ordinários.

Rodrigues justifica que a receita caiu mais de 50% durante a pandemia, o que dificultou a manutenção dos compromissos. "Conseguimos cancelar o leilão e parcelar as dívidas", afirma, sem informar o valor exato da dívida ou o número de parcelas. Conforme a 23 Vara da Justiça Federal, a decisão de cancelar o leilão foi confirmada na segunda-feira. "A dívida não chega a R$ 2 milhões", completa. Rodrigues reforça que se o clube não estivesse fechado, as receitas extras de eventos garantiriam estabilidade econômica.

"O clube tem condições de manter suas responsabilidades sociais junto com funcionários e locadores", avalia. Mesmo com o parcelamento da dívida, a direção ainda avalia a permuta de uma parte do terreno junto a uma construtora, que seria responsável por erguer prédios no local. "Precisamos angariar dinheiro para o clube, pois sem sócios temos que resolver os problemas para mantê-lo", acrescenta.


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